Feijão bolinha é difícil de ser encontrado em boa parte do país.
Variedade produz menos, mas em compensação, consegue bons preços.
Depois de arrancadas, as ramas são colocadas em leiras, que são como montes. Nesta fase, o trabalho deixa de ser manual e passa a ser da máquina. Conforme o trator bate as vagens, os grãos começam a aparecer.
O feijão bolinha também é conhecido em algumas regiões do país como feijão canário. Ele é consumido, principalmente, na região Sudeste e é bastante usado na culinária portuguesa.
O agricultor Sirley de Oliveira cresceu nas lavouras de feijão. Há cinco anos, ele resolveu plantar a variedade conhecida como bolinha e não parou mais.
Nesta safra, ele produziu apenas um hectare do bolinha e espera colher até 12 sacas do produto. Parte é para semente, pois Sirley pretente plantar outras lavouras na época das águas, quando o feijão rende mais.
A produtividade do bolinha é menor que outras variedades. O carioquinha, por exemplo, consegue render até 30 sacas por hectare, mas o preço na hora da venda compensa. A saca de 60 quilos do feijão bolinha custa entre R$ 220 e R$ 240, enquanto o carioquinha, mais consumido no Brasil, não passa de R$ 200.
"A cultura carioca é um feijão que foi melhorado geneticamente, já foi mais trabalhado através de pesquisas, e o bolinha não teve esse trabalho de desenvolvimento, por isso, produz menos", explica Ricardo de Moraes, técnico da Emater de Minas Gerais.
Além do preço e da tradição, Sirley conta que é um apaixonado pelo bolinha por causa do sabor. Para ele, a variedade foi um achado para a cozinha.
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