MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 17 de julho de 2013

BANDIDOS PROTEGIDOS PELO GOVERNO FEDERAL

Índios Tembé fazem reféns no Pará em protesto por melhoria na saúde

Duas servidores da Secretaria de Saúde indígena estão impedidas de sair.
Índios reclamam da qualidade do atendimento de saúde e falta de remédios.

Do G1 PA

Duas servidoras da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) estão sendo mantidas reféns por índios Tembé na área indígena do Alto Rio Guamá, no município de Santa Luzia do Pará, nordeste do estado.
Segundo informações do Distrito de Saúde Indígena (DSEI) da região, as servidoras estão impedidas de sair da aldeia desde a manhã de terça-feira (16), quando foram ao local para auxiliar a comunidade a eleger os delegados que iriam representar a tribo na quinta conferência de saúde indígena, que acontece em setembro em Belém.
"Nós tememos pela integridade física delas. Este é o mesmo grupo que invadiu o DSEI e fez ameaças de morte para a coordenadora anterior. Falamos com as funcionárias quando os índios permitem, e elas relatarma que sofreram ameaças verbais e estão abaladas", disse Leone Rocha, coordenador do Distrito de Saúde Indígena Guamá-Tocantis.
Apesar da preocupação do coordenador, as funcionárias dizem que não estão sendo ameaçadas, apenas não podem deixar a aldeia. "Os índios querem que o chefe do DSEI venha aqui para sermos liberadas. Estamos em um alojamento, e só não podemos deixar a aldeia", tranquiliza Iracema Barra.

Reivindicações
Os índios Tembé pedem melhorias no atendimento à saúde, além de reclamar da falta de transporte, medicamentos, telefonia e acesso a internet na área. Cerca de 200 índios vivem na aldeia Tembé.
"A gente quer que ele (Rocha) venha aqui pra ele ver como é que se encontra o nosso posto de saúde, e o nosso povo. Porque ele fala que nós reclamamos, mas temos carro, medicamento , tudo. Com a vinda dessas senhoras elas constataram que não temos nada", disse a índia América Tembé.

Segundo Rocha, antes da ação dos índios o distrito já havia tentato dialogar com a tribo, mas o grupo não se mostrou disposto ao diálogo. De acordo com informações da Polícia Federal, o Ministério da Saúde, a Funai e a PF em Brasília já foram comunicados para que sejam enviados representantes para negociar a liberação das funcionárias.

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