MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 16 de julho de 2013

Agricultores do sul de MG inovam e investem no plantio de uvas


Sul de Minas Gerais é conhecido pela produção de café.
Aposta é no clima frio e seco para produção de vinhos finos.

Do Globo Rural

Durante cinco gerações, o café foi a principal fonte de renda na propriedade de Eduardo Junqueira, em Três Pontas, sul de Minas Gerais.
Há três anos isso começou a mudar, quando ele resolveu diversificar a produção e plantou 10 hectares de uva. Hoje, quatro variedades são cultivadas, a principal é a sirrá, mais doce e própria para vinho tinto.
A primeira safra produzida o ano passado foi processada na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais em Caldas, também no sul de Minas. Eduardo espera que o vinho produzido em caráter experimental seja comercializado logo para começar a recuperar o investimento de mais de R$ 70 mil na produção e manutenção da lavoura.
A cultura chegou à região através de um pesquisador que desenvolveu uma técnica que permite que a uva seja colhida durante o inverno, justamente o contrário do que ocorre no Rio Grande do Sul, maior produtor de vinho do país.
É a dupla poda ou poda invertida, desenvolvida pelo agrônomo da Epamig Murillo de Albuquerque. A técnica consiste em fazer duas podas no ano, a primeira entre agosto e setembro, logo depois da colheita, e a segunda entre dezembro e janeiro, quando a planta está com os frutos bem pequenos, que são desprezados, e a parreira recomeça todo o ciclo com a formação de folhas, flores e frutos. Neste caso, as uvas estarão prontas para serem colhidas a partir de julho.
Murillo também foi responsável pela implantação do parreiral em outra fazenda, no município de Cordislândia. O café continua sendo fundamental, mas a uva chegou com força em 2006. São sete variedades plantadas em 15 hectares, que devem render 60  toneladas esse ano.
Do campo, as uvas vão direto para uma vinícola que fica dentro da propriedade. Tanques armazenam os vinhos que estão prontos para serem comercializados.
Trinta mil litros estão estocados. As máquinas importadas da Itália não param. A vinícola produz vinhos branco, tinto e o espumante, que está sendo engarrafado.
O investimento total foi de R$ 1,5 milhão e segundo Marcos Vian, enólogo do Rio Grande do Sul, o retorno virá com o tempo. "Os vinhos que estão surgindo tem grande associação com a América do Sul, com o Chile e Argentina, e são bem diferentes dos produzidos em Bento Gonçalves", diz.

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