Sedãs ‘básico’ e topo de linha são avaliados na pista de Interlagos.
Marca de luxo inglesa entra em nova fase e investe no mercado brasileiro.
Jaguar XJ
O primeiro a entrar na pista foi o XJ. O sedã é aquele típico “barco” para empresário esticar as pernas no banco de trás e curtir a amplitude proporcionada pelo teto-solar panorâmico, enquanto o motorista o conduz. Porém, neste modelo leva vantagem quem vai ao volante ou no banco de passageiro dianteiro. Quem tem em mente levar uma vida de banco traseiro, vai notar que ele oferece recursos limitados — não tem compartimento, por exemplo, para acomodar garrafas de bebida geladas, como tem um Mercedes-Benz S 400 Hybrid.
A compensação vem pelas telas independentes de 8 polegadas independentes, dispostas no encosto de cabeça dos bancos dianteiros. Elas complementam a tela de 12,3 polegadas sensível ao toque localizada no console central. O sistema de som é Meridian com 825W, com 20 alto-falantes e conectividade com USB, Bluetooth, CD e DVD.
Jaguar XJ tem tela de 12,3 polegadas sensível ao toque (Foto: Caio Kenji/G1)
Sobre a sensação ao dirigir, o carro traz todo o conforto possível ao
motorista, a começar pelo posicionamento do banco. Ele garante boa
visibilidade e o amplo espaço interno dá liberdade a movimentos de
braços e pernas. O motorista só tem que tomar cuidado com “pé pesado”: o
pedal do acelerador é bem sensível ao pedir força ao motor V8 5.0 a
gasolina Supercharged de 510 cavalos de potência e 63,7 kgfm de torque.
Jaguar XJ tem câmbio automático de oito velocidades
(Foto: Caio Kenji/G1)
O câmbio é automático de oito velocidades com opção de trocas
sequenciais no volante. A combinação leva o sedã de 0 a 100 km/h em 4,9
segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h.(Foto: Caio Kenji/G1)
Mas as medidas do carro atrapalham o sedã, especialmente em deslocamentos no trânsito, onde tem que mudar de faixa constantemente. Ele tem de peso bruto 2.390 kg, distribuídos em 5,12 m de largura, sendo 3 m de distância entre-eixos, 1,44 m de altura e 2,11 m de largura considerando os espelhos retrovisores.
Jaguar XF
Engana-se quem subestimar o XF por seu preço “inferior”. Acabamento e conforto são dois aspectos que a Jaguar não abriu mão — inclusive a bolsa no encosto do banco tem solução melhor do que a do XJ. Tirando o couro marrom da unidade testada, o sedã mostra um ar revigorante ao clássico, de maneira a deixa-lo mais jovial.
Jaguar XF 2.0 chega ao Brasil por R$ 224.900 (Foto: Caio Kenji/G1)
Mas a grande sacada deste carro é o motor, o 2.0 GTDI turbo de 240
cavalos de potência e 34,6 kgfm entre 2.000 rpm e 4.000 rpm de torque em
conjunto com o novo câmbio ZF automático de 8 velocidades com opção de
trocas manuais no volante. Ele é o mesmo que equipa o Evoque, portanto,
só pela escala de produção já diminuiu muito o custo para a montadora
chegar a tal preço. Fora, isso as novas tecnologias permitem que o motor
tenha um desempenho acima da expectativa — considerando que o sedã é
mais leve e menor do que o XJ.
Apesar de ser a opção de entrada, o sedã XF garante conforto e luxo no acabamento (Foto: Divulgação)
No circuito de Interlagos, ficou nítido que o carro tem fôlego para
“brincar” de correr e estabilidade acima do normal para um sedã. De
qualquer forma, ele conta com sistemas eletrônicos para não perder o
rumo. A condução, assim, é bem prazerosa, com destaque para o câmbio de
trocas imperceptíveis. Por ser menor e pela posição de dirigir, a
sensação de domínio do condutor sobre o carro é bem maior do que no XJ.Conclusão
Sem considerar o valor, colocando os dois modelos lado a lado, quem leva vantagem é o XF, mesmo com motor inferior. O modelo traz mais recursos modernos e mais leveza ao ainda clássico status visual da Jaguar. Fora isso, a posição de dirigir é muito mais confortável. Para completar o conjunto, é o modelo mais “em conta” da marca, o que lhe rende um status de bom custo-benefício dentro da exigência de um público tão restrito.
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