MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Situação de igrejas históricas de Maceió representa risco anunciado


Plantas em torre, cupins, azulejos quebrados e outras decadências.
Prédios são tombados pelo Estado e precisam de reparos urgentes.

Do G1 AL
Três igrejas que possuem sua estrutura danificada pelo tempo. (Foto: Jonathan Lins/G1)Três igrejas históricas da capital têm em comum a triste situação de abandono em que se encontram.
(Foto: Jonathan Lins/G1)
Geralmente elas são pontos de grande atrativo turístico, mas, em Maceió, igrejas históricas representam um risco à vida de quem as visita e, principalmente, de quem trabalha nestas paróquias. Esse descaso com prédios antigos levanta uma dúvida sobre a situação das igrejas históricas de Maceió.
Após quase dois meses do prazo dado para a retirada da árvore que nasceu na torre da Igreja Nossa Senhora do Livramento, localizada no calçadão do comércio, ainda é possível ver os ramos que crescem indiferentes ao concreto. À época, o padre responsável pela paróquia informou à reportagem do G1 que ia tentar conseguir dinheiro para a reforma através de campanhas junto aos fiéis. Mas isso não aconteceu.


Desta vez, o padre Claudinier Medeiros, conhecido como Zezinho, informou que deu entrada no processo de restauração da torre, mas a verba ainda não veio.
Igreja Nossa Senhora do Livramento ainda possui vegetação em sua torre (Foto: Jonathan Lins/G1)Vegetação que cresce na torre da Igreja do
Livramento é uma tragédia anunciada.
(Foto: Jonathan Lins/G1)
Enquanto o dinheiro não chega, pequenos reparos são feitos para evitar que algum acidente aconteça ali. "Para garantir a segurança, tivemos que fazer uma 'cinta' para parte da torre não ceder", explicou Marcos Antônio Lima, que trabalha com serviços gerais na igreja. O processo de reparo foi assistido pelos Bombeiros e Defesa Civil, que assegurou que a torre não possuia nenhum perigo iminente de desabamento.
Em Ipioca, a Igreja de Nossa Senhora do Ó, originalmente construída pelos portugueses para ser um forte durante a invasão holandesa no Século XVIII, só passou por uma reforma nos últimos 30 anos. Os Altares em estilo barroco precisam urgentemente de reparos para não se perderem devido à ação do tempo. Um dos secundários já caiu e o principal está se soltando da parede. Toda a madeira está comprometida devido aos cupins, além do sino, que não badala mais.
Jesiel Pontes, prefeito comunitário do bairro de Ipioca, disse que na última reforma, realizada em 1982, não manteve as características originais da igreja, retirando grande parte do ouro que havia no altar principal. As missas estão canceladas, e após as comemorações da N. S. do Ó, serão realizadas na rua, conta Pontes. "A instalação elétrica está danificada e a estrutura física abalada, até o fim do ano, tememos que ela desabe", destacou.
Funcionária da igreja guarda azulejos que cairam da parte externa da estrutura. (Foto: Jonathan Lins/G1)Funcionária da igreja guarda azulejos que caíram
da estrutura. (Foto: Jonathan Lins/G1)
Outra situação que chama a atenção pelo estado em que se encontra é a Igreja Bom Jesus dos Martírios. A parte de fora da estrutura está desabando aos poucos, enquanto o interior da igreja é comido por cupins. Rose Santos, funcionária da igreja, diz que, quando chove, os azulejos da parte externa da igreja começam a se desprender da estrutura. "Lutamos pela verba desde 2004, mas o dinheiro nunca chega", completou.
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio da assessoria de imprensa, informou que o projeto para a restauração da Igreja Nossa Senhora do Ó já está sendo encaminhada para licitação, porém, o recurso disponível é de R$ 300 mil, suficiente apenas para a primeira etapa da reforma. Por isso, a igreja também está inserida na proposta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ainda de acordo com a assessoria, as igrejas do Livramento e dos Martírios já possuem projetos elaborados pela Serviços de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal) e Secult, mas aguardam recursos desde 2008

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