Salão ficou colorido e a criatividade foi a palavra de ordem entre os foliões.
Shows de Jorge Ben Jor, Alceu Valença e Spok animaram a noite.
Jorge Ben Jor subiu ao palco do Chevrolet Hall cantando 'A Banda do Zé Pretinho' (Foto: Luka Santos / G1 PE)Já do lado de fora, blocos de frevo lírico animavam o público que chegava. Muita gente participou de um concurso alternativo de fantasias que levava o nome de um dos homenageados do carnaval recifense, o fotógrafo Alcir Lacerda. O casal Alexandre Érico e Flávia Espínola saíu do estado da Paraíba só para brincar no baile. "Nós fomos alugar fantasia e gostamos muito da de gangster", contou.
Salão do Chevrolet Hall lotado. (Foto: Luka Santos / G1 PE)Após o resultado, Naná Vasconcelos recebeu o troféu de homenageado do carnaval. "Estou maravilhado por receber essa honra ainda vivo e por ter morado muitos anos fora [do Brasil], mais Pernambuco, Recife nunca saiu de mim, sempre esteve na minha música. E quem está sendo homenageado também é o frevo, que recebeu um título importante [de Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela Unesco] no ano passado. E, agora, toda vez toco como se fosse a última vez, dando o melhor de mim, para não ter erros", explicou. A viúva de Alcir Lacerda, Ceça Lacerda, recebeu o troféu e também agradeceu bastante a lembrança.
Alceu Valença esquentou público com clássicos da música pernambucana. (Foto: Luka Santos / G1 PE)São mais de seis horas de shows no Baile Municipal do Recife. Após o batuque do maracatu de Naná Vasconcelos, a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério com maestro Forró animou o público junto com Almir Rouche e Nena Queiroga. Maestro Ademir Araújo foi a segunda atração, regendo a Orquestra Popular do Recife.
O diretor musical da festa é Spok, da Spokfrevo Orquestra. "Sou apaixonado pelo carnaval e, em especial, o Baile Municipal, que para mim é o mais elegante, mágico. Estou tocando e fazendo [a direção] há uns sete anos já e a cada ano é mais delicioso, mais ainda quando se homenageia um grande mestre meu [Naná Vasconcelos], essa felicidade só tende a aumentar", comentou. Alceu Valença e Jorge Ben Jor foram outras atrações de peso do evento. O cantor carioca subiu no palco por volta das 2h30, cantando "A Banda do Zé Pretinho" para animar o evento, que ainda contou com Elba Ramalho, Marrom Brasileiro, Josildo Sá e Ed Carlos.
Henrique Souza incorporou o personagem Edward Mãosde Tesoura. (Foto: Luka Santos / G1 PE)
O público do Baile Municipal do Recife sabe como caprichar na fantasia, investe tempo, dinheiro e criatividade para realizar sonhos e atrair olhares. Lion-O, líder dos ThunderCats, era um dos personagens favoritos do vendedor Onivaldo Cabral na infância. "Já vesti essa roupa antes e fez sucesso", brincou. O recepcionista Henrique Souza não ligou para o calor da folia e se vestiu todo de couro preto para viver o personagem Edward Mãos de Tesoura, do ator Johnny Deep. "Não ficou muito caro porque minha mãe é costureira. Quis vir assim também porque dizem que eu pareço com o artista", comentou.
Daniel Almeida é fã de zumbis e fez a própria fantasia, usando papel higiêncio, cola e maquiagem.(Foto: Luka Santos / G1 PE)
Creide Monte teve paralisia infantil e, desde criança, brinca carnaval na cadeira de rodas, sem nunca desanimar. "É que eu adoro carnaval, não dá para ficar em casa e o pessoal me respeitam muito", disse. É disso que a designer alemã Juliane Kolitzus gosta da folia pernambucana. Sempre ouviu falar, mas só este ano teve a oportunidade de brincar no Recife. "Sou de Berlim e lá não tem carnaval, aqui todo mundo vive mesmo a festa, se envolve, isso que é bonito", explicou.
Vinte
o oito amigos dos bairros do Arruda e Campo Grande se vestiram de táxi
para mandar uma mensagem legal no carnaval: "se for beber, não dirija,
vá de táxi". (Foto: Luka Santos / G1 PE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário