MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Presidente discute sucessão com Wagner

Patrícia França A TARDE

  • Lúcio Távora | Ag. A TARDE
    Antes de retornar a Brasília, Dilma tomou café com o governador
A presidente Dilma Rousseff (PT) retornou a Brasília, na manhã desta quarta-feira, 13, depois de passar o Carnaval com a família na Praia de Inema, na Base Naval de Aratu. Antes de embarcar na Base Aérea de Salvador, Dilma tomou café com o governador Jaques Wagner (PT), para tratar de assuntos de interesse da Bahia e relacionados à política.
"Não tem como um governador e uma presidente se encontrarem sem ter política. Sempre tem política", disse Wagner no domingo, ao informar sobre o convite de Dilma para o café. O governador tem atuado, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como coordenador da campanha de reeleição da presidente em 2014.
Wagner, que nesta quinta-feira cedo embarca para Brasília, onde tem agenda com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sobre o novo marco regulatório da área mineral, teria tratado com a presidente de demandas pontuais da Bahia, segundo o secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida.
"O Estado tem buscado uma parceria permanente com o governo federal nas políticas de convivência com a seca. Dentro de 30 dias é possível que seja inaugurada a Adutora do São Francisco, na região de Irecê", informou Almeida.
Ainda segundo o secretário, Wagner  convidou Dilma para vir à inauguração da Arena Fonte Nova, em 29 de março, data de aniversário de Salvador. A presidente, que inaugurou o Castelão, no Ceará, e o Mineirão, em Belo Horizonte, já declarou que pretende prestigiar a conclusão de todos os estádios que sediarão jogos da Copa do Mundo. Mas e a política? Sobre o assunto, o secretário não deu informações, porém admitiu que a sucessão certamente entrou no cardápio.
Ameaça - O sinal amarelo acendeu para os petistas desde que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, colocou como a possibilidade sua candidatura à Presidência já em 2014.
O avanço do aliado, que como Dilma já tem agendado visitas a estados do Nordeste e de outras regiões a partir de abril, foi tema de conversa do governador e de lideranças políticas que no domingo de Carnaval estavam no camarote do Governo do Estado, no  Campo Grande.
Wagner voltou a insistir na tese de ampliar a aliança, e não dividi-la. "Acho que qualquer parceiro nosso tem direito de pretender crescer. Mas inteligência é tentar fazer a confluência desses interesses", assinalou Wagner, que acrescentou: "Vou trabalhar para costurar isso, de modo que o PSB tenha seu espaço, dentro dessa aliança".
Aliados do governador Eduardo Campos garantem que ele não aceitará ser vice numa chapa encabeçada por Dilma. Principal liderança do PSB na Bahia, a senadora Lídice da Mata preferiu o tom conciliador com os aliados.
"Ele (Campos) vai visitar os Estados, discutir o crescimento do partido, os problemas do Brasil. Entende que 2013 é ano de cuidar da economia, de políticas públicas". Mas não negou que os partidários querem que Eduardo Campos saia candidato. "Claro. Todos os partidos querem a possibilidade de discutir candidatura e o PSB também quer", disse a senadora, cujo nome é cotado para o governo da Bahia.
Já a ministra da Cultura, Marta Suplicy, declarou ao A TARDE que via como positivo  Eduardo Campos "estar no jogo", por ser um governador de "enorme peso". Mas disse ter certeza de que em 2014 o PSB caminhará junto com o PT pela reeleição de Dilma.

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