MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Para D. Murilo influência de escândalos em renúncia é mínima

Davi Lemos A TARDE

  • Pascom | Arquidiocese
    Arcebispo não descarta impacto na saúde do Papa
O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger,  disse, nesta quarta-feira, 13, que recentes escândalos, como o Vatileaks,  tiveram uma influência mínima na decisão do papa Bento XVI em renunciar ao posto.  A afirmação foi feita durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2013, na capital baiana.
Vatileaks foi o nome dado aos escândalos produzidos pelo extravio de documentos confidenciais do papado. O acusado pelo desvio é o  mordomo Paolo Gabriele. "Eu diria que, se estes fatos levaram à renúncia foi indiretamente. Ele (o papa Bento XVI), como bom alemão, não é de se deixar levar por eventos pontuais. Ele tem uma visão muita mais aprofundada das coisas", completou dom Krieger.
Para o arcebispo, o papa tem um olhar que supera as circunstâncias. Mas o arcebispo não descarta a hipótese de que estes fatos tenham contribuído para desgastar a saúde do sumo pontífice.
Saída - Dom Murilo Krieger destacou que conhece Bento XVI desde 1985, quando ele era o cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. "Ele viu que não tinha condições de dar resposta a tudo aquilo que se espera de um papa. Deve ter pensado: ´Devo procurar o melhor para a Igreja´", ponderou.
O jornalista italiano Antonio Socci escreveu em 2011 que o papa desejava renunciar quando completasse 85 anos, na primavera de 2012. Não o fez, segundo o jornalista do Repubblica, por conta do escândalo Vatileaks.
Cansaço - Em "Luz do Mundo", livro com a entrevista concedida ao jornalista alemão Peter Seewald, Bento XVI afirmou que um papa tinha direito a renunciar quando não mais tivesse força física e espiritual mas sem dar impressão de fugir à realidade. O anúncio da renúncia veio, portanto, um mês após a conclusão do caso Vatileaks, com o perdão ao mordomo Paolo Gabriele.
No anúncio da Campanha da Fraternidade, que tem como tema "Fraternidade e Juventude", dom Krieger destacou a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ),  que vai acontecer em julho deste ano, no Rio.
Segundo ele, será um tempo de preparação para o evento, quando a juventude do mundo inteiro se encontrará como o novo papa. "O novo papa terá este privilégio de se encontrar com milhares de jovens nesta que provavelmente será sua primeira viagem", acrescentou.
Sobre os jovens, o arcebispo afirmou que eles são o presente e o futuro da Igreja, mas ponderou que não se deve entrar em um vale-tudo para atrair os jovens. "É importante o diálogo com o jovem. Percebe-se que precisamos dar maior atenção a eles, unir entusiasmo e experiência. Mas o papel da Igreja não é agradar, mas ser fiel a Jesus", salientou.
Importância - O secretário para assuntos da Semana Missionária e JMJ, Márcio Matos, 26 anos, diz que o tema da campanha ajuda o jovem a entender que ele é muito importante para a Igreja. "Deus pode preencher esta necessidade do jovem de ser feliz", diz Márcio Matos.

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