Usuários da linha Morro da Cruz precisaram descer no meio do trajeto.
Nesta quinta, trabalhadores do transporte coletivo irão avaliar situação.
Os ônibus que fazem a Linha Morro da Cruz estão
parando na Praça Celso Ramos
(Foto: Lisandra Nienkoetter/G1)
Algumas linhas de ônibus do transporte coletivo que operam nos morros, em Florianópolis,
deixaram de fazer todo o itinerário na manhã desta quarta-feira (13),
segundo a Secretaria de Transportes do município. Passageiros que usavam
a linha Morro da Cruz, por exemplo, precisam desembarcar no meio do
trajeto, na Praça Celso Ramos. O cobrador da linha informou que o motivo
era a falta de escolta policial.parando na Praça Celso Ramos
(Foto: Lisandra Nienkoetter/G1)
A Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais informou que a orientação era de que todas as linhas estivessem operando normalmente com escoltas e acionou a fiscalização, para verificar quais itrinerários pararam de operar. "O que aconteceu foi algum desencontro nas escalas. Não há orientação da secretaria de não subir ônibus nos morros. A gente está apurando. Até o início da tarde estará tudo normalizado", declarou o diretor de operações da secretaria, Vinícius Cofferri. Já a Polícia Militar afirmou, através do núcleo de comunicação, que as empresas de transporte coletivo não aceitaram a escolta providenciada pela entidade. A informação não foi confirmada pela secretaria.
Na manhã de quinta-feira (13) haverá uma reunião dos trabalhadores do Sintraturb, sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis, para analisar a situação dos trabalhadores diante da onda de atentados que atinge o estado desde o dia 30 de janeiro. Até as 7h45 desta quarta-feira (13), a Polícia Militar havia confirmado 96 ataques em 30 municípios.
Entenda o caso
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que as ordens sejam comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados, durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.
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