MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ônibus pararam de subir os morros de Florianópolis nesta quarta-feira


Usuários da linha Morro da Cruz precisaram descer no meio do trajeto.
Nesta quinta, trabalhadores do transporte coletivo irão avaliar situação.

Do G1 SC

Os ônibus que fazem a Linha Morro da Cruz estão parando na praça Celso Ramos (Foto: Lisandra Nienkoetter/G1)Os ônibus que fazem a Linha Morro da Cruz estão
parando na Praça Celso Ramos
(Foto: Lisandra Nienkoetter/G1)
Algumas linhas de ônibus do transporte coletivo que operam nos morros, em Florianópolis, deixaram de fazer todo o itinerário na manhã desta quarta-feira (13), segundo a Secretaria de Transportes do município. Passageiros que usavam a linha Morro da Cruz, por exemplo, precisam desembarcar no meio do trajeto, na Praça Celso Ramos. O cobrador da linha informou que o motivo era a falta de escolta policial.
A Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais informou que a orientação era de que todas as linhas estivessem operando normalmente com escoltas e acionou a fiscalização, para verificar quais itrinerários pararam de operar. "O que aconteceu foi algum desencontro nas escalas. Não há orientação da secretaria de não subir ônibus nos morros. A gente está apurando. Até o início da tarde estará tudo normalizado", declarou o diretor de operações da secretaria, Vinícius Cofferri. Já a Polícia Militar afirmou, através do núcleo de comunicação, que as empresas de transporte coletivo não aceitaram a escolta providenciada pela entidade. A informação não foi confirmada pela secretaria.
Informação diferente foi repassada pelos funcionários dos ônibus aos passageiros. Segundo um usário da linha Morro da Cruz, o cobrador disse que a escolta não apareceu. Eles fizeram a linha de 7h25 sem escolta e, dentro do Terminal de Integração do Centro (TICEN), o motorista recebeu ordens de não seguir para o Morro da Cruz no horário seguinte.
Na manhã de quinta-feira (13) haverá uma reunião dos trabalhadores do Sintraturb, sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis, para analisar a situação dos trabalhadores diante da onda de atentados que atinge o estado desde o dia 30 de janeiro. Até as 7h45 desta quarta-feira (13), a Polícia Militar havia confirmado 96 ataques em 30 municípios.
Entenda o caso
Mapa atentados Santa Catarina 13 de fevereiro, 11h25 (Foto: Arte/G1)
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até as 8h desta quarta-feira (13), a Polícia Militar havia confirmado 97 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 30 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial, Brusque, Blumenau, Garuva, Bom Retiro, São Bento do Sul, Rio do Sul, Porto União, São João Batista, São Miguel do Oeste, Içara e Imbituba.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que as ordens sejam comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados, durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

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