MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mesmo com proximidade, acreano viaja pouco aos países vizinhos


Apesar do baixo custo da viagem, acreano ainda prefere viajar pelo Brasil.
Maioria viaja para Fortaleza e Rio de Janeiro, segundo turismólogo.

Rayssa Natani Do G1 AC

Carreteira Interoceanica em Cusco, no Peru (Foto: Aline Queiroz / Arquivo Pessoal)'Carreteira Interoceanica' em Cusco, no Peru (Foto: Aline Queiroz / Arquivo Pessoal)

A proximidade e as facilidades de acesso têm levado turistas a saírem do Brasil pelo Acre com destino aos países fronteiriços, como Peru e Bolívia. Mas, segundo o turismólogo João Bosco, da Secretaria de Estado de Turismo e Lazer do Acre (Setul), o acreano é o que menos procura conhecer a cultura de seus vizinhos.
Dono de uma agência de turismo, Bosco diz que organiza expedições, mas encontra dificuldade para fechar pacotes de viagens."Pessoas vêm da Inglaterra, Japão e até mesmo de outros lugares do Brasil no intuito de fazer esta rota, mas o acreano que está ao lado prefere outros destinos. A maioria viaja para Fortaleza ou Rio de Janeiro", afirma Bosco.
Andre Barrozo mora no Acre e diz que prefere aproveitar as férias para conhecer seu próprio país. "Sei que existem lugares lindos aqui perto, como a Cordilheira dos Andes, o Deserto de Sal e Machu Picchu. Mas, prefiro juntar dinheiro e passar mais tempo viajando conhecendo o Brasil e suas belezas naturais", comenta.
Facilidades de acesso
Aline Queiroz (segunda da esquerda para a direita) viajou de carro com os quatro amigos para cusco (Foto: Arquivo pessoal)Aline Queiroz (de vermelho) viajou de carro com
os amigos para Cusco (Foto: Arquivo pessoal)
A Estrada do Pacífico, que liga o Brasil ao sul do Peru, chamada de 'Carreteira Interoceânica' inicia em Porto Velho (RO) pela BR-364 e continua no Acre pela BR-317. A rota para o Peru passa pelas cidades de Porto Maldonado, Cusco, Arequipa e Lima.
A advogada acreana Aline Queiroz escolheu conhecer Cusco, que recebe mais de um milhão de visitantes por ano. "Fui de carro com quatro amigos. Saímos de Rio Branco e paramos para dormir em Porto Maldonado, depois de aproximadamente seis horas de viagem. Seguimos logo cedo, às 9h, chegando em Cusco às 18h", conta.
Além da proximidade, Aline diz que o baixo custo é uma das vantagens do roteiro. "Com mil reais consegui me manter por quatro dias, entre compras, passeios e gastos diários", diz. Ela e os amigos dividiram os gastos com o combustível, que não ultrapassou R$ 500,00 ao todo.
Segundo o empresário do ramo, Cassiano Marques, só agora o Acre começa a ser visto como um ponto de conexão para os países 'panoamazônicos'. "O estado passou a ser não mais o fim de linha do ponto de vista geográfico, mas, sim, o centro de uma rota turística extremamente importante", explica.
Estrangeiros no Acre
Para Cassiano, o Acre tem se tornado também porta de entrada para estrangeiros interessados em conhecer um pouco mais da cultura e história do estado. "Há um registro de mais de 60 nacionalidades. Eles vêm com interesse nas experiências místicas, religiosas e naturais. Além de conhecer a Amazônia e toda a sua biodiversidade", destaca.

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