MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ilha em SC reúne beleza e história e limita visitas para até 1879 turistas





Lugar foi desmatado para cultivo agrícola e atualmente atrai turistas.
Atividades como trilha, mergulho, tirolesa e caiaque são opções no local.

Gessica Valetini Do G1 SC

Ilha de Porto Belo fica a  (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)Ilha de Porto Belo fica a 65 quilômetros de Florianópolis (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)
Os turistas que saem prometem voltar. Os que entram, a todo instante, não se cansam de elogiar a paisagem e o cartão de boas-vindas da Ilha João da Cunha, mais conhecida como Ilha de Porto Belo. Este é um dos locais do litoral catarinense em que só é possível chegar pelo mar. O meio de transporte varia de barco, lancha a transatlântico.
Custo do transporte de ida e volta da ilha custa a partir de R$ 13 (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)Turistas chegam de barco; transporte custa a partir
de R$ 13 (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)
A bordo de uma lancha, a Unidade Móvel de Verão da RBS TV fez uma parada na ilha, cuja história, segundo historiadores, ultrapassa quatro mil anos. Conforme os especialistas, o local já foi completamente desmatado para produção agrícola e atualmente recebe milhares de turistas de todas as partes do mundo.
Após o reflorestamento, de acordo com determinação do Ibama, apenas 1879 pessoas podem estar na ilha ao mesmo tempo. Na entrada, uma pessoa faz a contagem, enquanto os turistas aproveitam as águas transparentes, o mar quase sem ondas, a areia branca e as atividades disponíveis para se praticar no local – o que inclui de esportes náuticos a trilhas e uma visita a um "ecomuseu".
Argentinos vieram visitar o local (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)Local é destino preferido de argentinos (Foto:
Gessica Valentini/RBS TV)
Foi em busca destas opções e de uma natureza exuberante que os argentinos Romina Maffi, de 25 anos, o marido Clemente e o enteado Gastón, chegaram ao local. Ela trabalha em uma clínica de estética em seu país de origem e há quatro anos conheceu a ilha, durante umas férias. Desde então, tornou-se o lugar preferido da família para aproveitar o verão. “O local não é cheio, há espaço na areia, e a água é muito limpa e calma”, diz.
Família do Rio Grande do Sul visita o local (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)Família comemora aniversário na ilha (Foto: Gessica
Valentini/RBS TV)
Uma família de Porto Alegre veio completa, desde a avó até as netas. No dia 21 de janeiro, a primeira visita à ilha foi para comemorar o aniversário de 45 anos de Efrain Roque Maciel. Ele é catarinense do Sul do estado e foi trabalhar na capital gaúcha. Gostaram tanto do lugar que voltaram menos de 10 dias depois, desta vez para comemorar o aniversário de 35 anos do cunhado de Efrain, Marcos Borgatti.
“A natureza aqui é linda. O visual, a temperatura da água, tudo é perfeito”, afirma Taís, de 35. Allana, Karina, Sarita, Ana Cláudia, Mariah, Raica, e até a pequena Anita, que tem apenas um ano e oito meses, aprovaram a escolha da praia. “Um lugar lindo para celebrar”, completa Taís.
Opções de lazer
A ilha é administrada por uma empresa. Os turistas não pagam para entrar. Mas, como só é possível chegar de barco, o transporte até lá custa, em média, R$ 13. No local há opções de atividades como trilha, que dura entre 40 minutos e 1 hora e é guiada. Para participar, o visitante deve desembolsar R$ 10.
Outras opções de lazer são a prática de caiaque, banana boat e disco maluco, esqui-aquático, tirolesa, trilhas subaquáticas e passeio de lancha. O mais procurado, segundo Luiz Mario Viecili, responsável pelos esportes náuticos, é a banana boat. Já a atividade mais cara é a volta de lancha, que custa R$ 250.

No local também há o Ecomuseu Univali e o Espaço Histórico Ilha de Porto Belo. A entrada é gratuita e o visitante conhece a história da ilha por meio da exposição de peças arqueológicas e biológicas.
Quatro mil anos de história
Ilha de Porto Belo tem rochas com inscrições rupestres (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)Inscrições rupestres foram feitas há mais de 4 mil
anos (Foto: Gessica Valentini/RBS TV)
A Ilha de Porto Belo é cheia de histórias que intrigam visitantes. Segundo historiadores, a "Pedra da Cruz", local que avistado durante a trilha, guarda inscrições rupestres que são vestígios dos primeiros habitantes da região. Eles ocuparam a área há mais de quatro mil anos.
Lendas da região afirmam que, no século XIX, jesuítas enterraram na uma imagem de um anjo de ouro da ilha. Na época, todos acreditavam que as inscrições poderiam ser o mapa que levava a esse "tesouro". A pedra chegou a ser parciamente explodida por pessoas que acreditavam que ele poderia estar escondido dentro dela.
Um dos primeiros proprietários da região nomeou o local como Ilha Bella das Garoupas. Em 1826, João da Cunha Bittencurt comprou a ilha por 600 mil réis e emprestou seu nome ao local. No ano de 1953, Ernesto Stodieck Jr. e a esposa, Vera, adquiriram a área. O reflorestamento do local começou com ele e a visitação à Ilha foi aberta em 1994, por seus netos.
Camarões e caipirinha das cores estão entre opções de gastronomia
Uma única empresa gerencia as refeições no local. Os e os pratos são todos à base de frutos do mar. A sugestão do chef é o "Camarões à Ilha de Porto Belo", um prato inventado lá mesmo e que reúne camarões e um molho com palmito, cogumelos e creme de leite, além de especiarias.
A ‘caipirinha das cores’ está em praticamente todas as mesas. É a preferida entre as bebidas. Segundo o responsável pela alimentação da Ilha, o segredo está na mistura: “Vodca, uva, morango e abacaxi. A combinação de tudo isso dá o sabor que todos elogiam”, diz Douglas Vinotto.
Serviço:
O quê: Ilha de Porto Belo
Onde: Porto Belo – SC
Quanto: ida e volta custam a partir de R$ 13
Como chegar
A Ilha de Porto Belo fica a 65 quilômetros de Florianópolis, na cidade de Porto Belo, a 7km da BR-101. A entrada fica no km 155 da rodovia federal. Já o translado até a ilha pode ser feito com barcos da Associação dos Pescadores, no trapiche municipal, Centro da cidade. Há, ainda, outros serviços de transportes marítimos ao longo da baía, como as escunas do Porto dos Piratas, com saída em frente à Igreja Matriz.

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