MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Agricultores de RO investem na plantação pelo método consorciado


Sistema permite cultivo simultâneo de 2 ou mais lavouras no mesmo espaço.
Cerca de 100 agricultores trabalham com cultivo consorciado em Ariquemes.

Eliete Marques Do G1 RO
Osvaldo planta pepino de banana no mesmo espaço de cultivo (Foto: Eliete Marques/G1)Osvaldo planta batata doce e banana no mesmo espaço de cultivo (Foto: Eliete Marques/G1)
Produtores de Ariquemes (RO) apostam no cultivo consorciado, utilizam o mesmo espaço de terra para duas ou mais lavouras simultâneas diferentes, para aumentar renda. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), esse tipo de cultivo contribui para a diminuição da importação, de outros estados, de alguns tipos de frutas e legumes. Cerca de 100 produtores, em Ariquemes, trabalham com lavoura consorciada, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O agricultor Dorval José da Silva, de 56 anos, conta que começou a investir na produção consorciada há 15 anos, quando só plantava pepino. Após ter problemas com uma praga, iniciou o cultivo de milho para fazer sombra para o pepino. Dorval  alterna o plantio para produzir durante todo o ano. O pepino tem prazo de 45 dias para ser colhido e o milho 80. O agricultor chega a colher cerca de 700 quilos de pepino e de milho por semana, que são vendidos para supermercados da cidade. “Desde que comecei a integrar as lavouras, só tive bons resultados”, ressalta.
Osvaldo Martins de Carvalho, agricultor, de 53 anos, investiu na produção consorciada de batata doce e banana, há dois anos, num espaço de cinco hectares de sua propriedade. São quatro quadras plantadas de batata doce e mil pés de banana e diz que não utiliza agrotóxicos. A batata doce demora 120 dias para ser colhida e a banana um ano. Em abril, Carvalho pretende associar o plantio de mamão no espaço entre os pés de banana.
Dorval trabalha com cultivo consorciado há 15 anos (Foto: Eliete Marques/G1)Dorval trabalha com cultivo consorciado há 15 anos (Foto: Eliete Marques/G1)
Na última colheita Osvaldo conta que colheu cerca de 130 toneladas de batata doce, e quatro toneladas de banana. Vende a produção para os programas Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA), que abastecem escolas do município.
“Aumentamos o lucro utilizando a mesma terra. Como o calor aqui é forte, a banana faz sombra para a batata, o que ajuda no desenvolvimento. Se ocorrer algum imprevisto o produtor não fica ‘na mão’, pois produz mais de uma cultura”, explica Osvaldo.
Oscar Mituaki Ito, gestor regional do Senar Rondônia, afirma que Ariquemes é referência na produção consorciada no Vale do Jamari. “Os produtores aumentam a produção e a renda, mesmo com pouca terra”, enfatiza.
O extensionista da Emater, Newton Almeida Soares, reitera que 90% da batata doce e 40% da banana vendida em Ariquemes é comprada de outros estados. “O município ainda é carente em algumas produções. Já a produção de milho e pepino abastecem a cidade. O consórcio das culturas é importante por isso, pois quanto mais produzimos, menos precisamos comprar de fora”, destaca Newton.

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