Recomendação foi do Ministério da Saúde, agindo pelo governo estadual.
Em quatro meses, nove bebês morreram na unidade, segundo pais.
Cartaz avisa que unidade não atende mais pelo
SUS. (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
Diferente da situação durante a manhã,
o Hospital São Judas Tadeu, em Muquiçaba, Guarapari, na região
Metropolitana do Espírito Santo, estava de portas fechadas na tarde
deste sábado (23). Um cartaz na porta avisava que a unidade também não
atende mais pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde
recomendou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que descredenciasse o
hospital e a Sesa acatou o pedido. A direção do Hospital São Judas Tadeu
ainda não se pronunciou sobre a interdição.SUS. (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
A unidade passou a ser investigada após a morte de nove bebês no intervalo de quatro meses e outras irregularidades denunciadas pela população. Agora, as grávidas da cidade de Guarapari devem ser atendidas em hospitais de Itapemirim, Cariacica e Vila Velha. Apesar de ter sido interditado nesta sexta-feira (22), o hospital ainda funcionava na manhã desta sábado (23). Diante do descumprimento, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que já acionou o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES). A unidade pode ser multada e até processada pela desobediência, de acordo com a secretaria.
"Desde outubro, o Ministério da Saúde fez uma auditoria detalhada sobre as mortes e outras irregularidades. Identificamos uma série de irregularidades em relação ao preenchimento de prontuários e ao registro de procedimentos. Não vamos permitir de forma alguma esses problemas, o desperdício dos recursos da saúde. Temos o paciente como um aliado na fiscalização", disse o ministro Padilha.
Ministério Público
Nesta semana, o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) informou que solicitaria à polícia a abertura de um inquérito para investigar a situação do Hospital São Judas Tadeu. Dois recém-nascidos morreram no local na terça-feira (19). Segundo as famílias, houve negligência médica no atendimento às grávidas. O pai de uma das vítimas diz que não havia Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) disponível para bebê prematuro. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que vai instaurar um inquérito administrativo para apurar as mortes.
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