MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Grand Central, estação de trem mais famosa de Nova York, faz 100 anos


Local também é centro comercial e marco turístico e arquitetônico.
Filha de Kennedy e cineasta Spike Lee participarão de celebração.

Do G1, com a EFE

Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Brendan McDermid/Reuters)Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
A icônica Grand Central de Nova York celebra neste sábado (2) seu primeiro século de história. Mais do que apenas uma estação de trem, o local se transformou ao longo do tempo em joia arquitetônica, locação de cinema, centro comercial e ponto de encontro para nova-iorquinos e turistas.
Os festejos para celebrar o centenário se prolongarão durante os próximos meses, com várias exposições e eventos. Eles terão a participação de rostos conhecidos como Caroline Kennedy, filha do ex-presidente John F. Kennedy, e o diretor de cinema Spike Lee.
Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Tony Cenicola/The New York Times)Vista externa do edifício da Grand Central Station (Foto: Tony Cenicola/The New York Times)
Assim, andar pela Grand Central é uma missão quase impossível para os três quartos de milhão de passageiros que utilizam diariamente aestação, já que seu salão principal, com mais de 1.100 metros quadrados, está repleto de turistas tirando fotos ou olhando para o alto, boquiabertos enquanto contemplam os astros.
Essa última peculiaridade se explica pelo fato de que a cobertura do edifício é, na verdade, um mural das constelações representado ao contrário. Embora já tenha se especulado que isso tenha sido um erro do artista, Paul Helleu, o historiador de arquitetura e membro da comissão de conservação de monumentos de Nova York, Matt Postal, tem outra explicação. "Está baseada em um mapa do Renascimento italiano que foi desenhado como se Deus estivesse olhando para baixo, e por isso está ao revés para os que o contemplamos daqui", afirmou.
Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Kathy Willens/AP Photo)Relógio de quatro faces na Grand Central (Foto: Kathy Willens/AP Photo)
Tirar uma foto na frente do relógio de quatro faces no centro da estação, ponto de encontro para os nova-iorquinos, é outro ritual para os turistas que visitam a cidade.
A estação também faz as vezes de estúdio de cinema, pois foi utilizada em múltiplas ocasiões como cenário para filmes.
Algumas cenas clássicas gravadas lá são o tiroteio na escadaria da estação protagonizado por Kevin Costner no filme "Os Intocáveis" (1987), justo no momento em que um carrinho de bebê roda escada abaixo, e a destrução do terminal em "Os Vingadores" (2012) durante a luta dos super-heróis para salvar o planeta de extraterrestres.
Concorrência do automóvel
Após mais de dez anos de obras, a estação que conecta a Grande Maçã com suas localidades vizinhas abriu as portas ao público no dia 2 de fevereiro de 1913. Durante um século, conseguiu conservar seu estilo e aumentar sua popularidade.
"É um edifício precioso e útil para as pessoas. Não é só eficiente, mas também elegante", afirma Matt Postal.
Foto histórica da Grand Central Station, estação de trem de Nova York, mostra uma multidão observando programa de TV sobre o astronauta John Glenn (Foto: Edward Hausner/The New York Times)Foto de 1962 mostra uma multidão dentro da Grand Central assistindo na TV ao astronauta John Glenn entrando em órbita na Terra (Foto: Edward Hausner/The New York Times)
Apesar de agora ser um dos símbolos da cidade dos arranha-céus, a maior estação ferroviária do mundo teve que lidar com diferentes obstáculos ao longo dos anos, como o "boom" do automóvel na década de 1950, que pôs em perigo seu futuro.
O terminal, situado no cruzamento da Rua 42 com a Park Avenue, foi erguido pela necessidade de soterrar as vias e aposentar os trens a vapor, mas, com a eclosão do carro e o aumento dos preços do solo de Manhattan durante a década de 1960, cogitou-se a possibilidade de derrubá-lo.
Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Brendan McDermid/Reuters)'Oyster bar', bar que serve ostras na estação Grand Central (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
No entanto, conseguiu resistir e seguir de pé graças principalmente à luta liderada pela ex-primeira-dama americana Jacqueline Kennedy Onassis, que utilizou seu poder na sociedade para salvar o edifício que posteriormente foi declarado monumento histórico.
"É um edifício excepcional, como estação de transporte público da área metropolitana e por sua conservação histórica, graças a que em 1978 a Suprema Corte dos Estados Unidos se pronunciou para protegê-lo", explicou Postal.
Áreas comerciais
Para resgatar a estação de sua complicada situação financeira, foram construídas áreas comerciais em seu interior, e o edifício anexo em sua parte traseira foi vendido para se tornar o arranha-céu Metlife.
Com a zona comercial, o terminal se transformou em muito mais que uma estação de trens, pois muitos turistas e nova-iorquinos se aproximam dali para comprar em suas lojas, comer em seus restaurantes ou adquirir em seu mercado algum produto culinário seleto.
O encanto do terminal chega também ao andar subterrâneo, onde se pode comer em uma área ambientada em velhos vagões de trem e saborear, por exemplo, os famosos cupcakes da série de televisão "Sex and the City", da confeitaria Magnolia Bakery.
Essa área também esconde outro segredo da estação: a acústica de seus arcos de cerâmica, que faz reverberar até um sussurro. Se duas pessoas se colocam nas esquinas opostas da entrada em arco e sussurram, a outra pode ouvir sua voz apesar de estarem a metros de distância.
Relógio Tiffany's da Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP)Relógio da Grand Central Station (Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP)

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