MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ford inicia padronização de concessionárias globalmente


Tataraneta do fundador da empresa Elena Ford vai comandar nova área.
Mudança visa aprimorar qualidade e atendimento da rede de distribuição.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo
Ford Fusion (Foto: FREDERIC J. BROWN / AFP)Ford Fusion é um dos grandes destaques da
marca (Foto: FREDERIC J. BROWN / AFP)
A Ford anunciou nesta segunda-feira (18) uma nova organização de sua rede de concessionárias, que inclui a introdução de padrões globais na rede da marca. A nova área criada é chamada de “Experiência do Cliente e Distribuidor Global” e vai compartilhar práticas para planejamento, treinamento e interação dos consumidores em todo o mundo.
Quem vai liderar o novo setor é a executiva Elena Ford, tataraneta do fundador da empresa. Segundo comunicado da montadora, ela terá a “responsabilidade de levar a um novo nível a satisfação dos clientes na rede Ford”.
A nova organização também será responsável pela interface de marketing, vendas e serviços com o sistema global de pedido e entrega da Ford. De acordo com a companhia, a mudança trará o aprimoramento da qualidade dos veículos e agilidade no tempo de entrega da fábrica aos distribuidores e clientes.
"Queremos simplificar e integrar os múltiplos sistemas atuais de tecnologia da informação da companhia em um processo rápido e eficiente de pedido e entrega de veículos para os clientes e distribuidores", disse Elena Ford, em nota.
De acordo com o vice-presidente executivo de vendas, marketing e serviços do grupo Ford, Jim Farley, a nova organização é o próximo passo do plano “One Ford”, que visa o crescimento sustentável da empresa e, assim, ficar longe de uma nova crise como aconteceu em 2008. "Queremos trazer o mesmo padrão de excelência para a experiência dos clientes nos nossos distribuidores Ford e Lincoln mundialmente", afirmou Farley.
Imagem da marca
A Ford quer reforçar a imagem da marca em quatro pilares: qualidade, tecnologia verde, segurança e inteligência, neste último item leia-se “conectividade”. Por isso, o treinamento da rede é tão importante para a empresa, que almeja padronizá-lo. Os planos da marca estão voltados, principalmente, para os os modelos recém-lançados como a picape F-150 com motor EcoBoost, o SUV Escape, a minivan C-Max e o sedã Fusion, este último também comercializado no Brasil.
Rentabilidade para os concessionárias
Fora isso, a rentabilidade da rede com serviços prestados também colabora com a sustentabilidade da marca. Nos Estados Unidos, por exemplo, a margem de lucro das distribuidoras no resultado total do negócio fica entre 3,5% e 4,5%, graças às diferentes ofertas de produtos adicionais, como garantia estendida, manutenção pré-paga, financiamentos e seguros.
O assunto foi abertamente discutido na semana passada durante a NADA Convention, um congresso organizado pela associação que representa os concessionários de todo o país — o G1 esteve presente no evento. No caso dos distribuidores Ford, a preocupação ficou concentrada em ampliar a oferta de leasings para a venda de modelos como Focus, Fiesta, Fusion e Escape, um tendência de crescimento já vista em 2012, segundo os concessionários norte-americanos.
Realidade brasileira
O perfil do consumidor brasileiro é diferente, por ter carência de serviços mais aprimorados dentro das lojas. De acordo com o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, a dificuldade dos concessionários brasileiros em aumentar a margem de lucro com a venda de serviços adicionais para carros esbarra em uma questão cultural.
Segundo ele, a batalha da Fenabrave tem sido ensinar aos concessionários como ampliar a lucratividade de serviços que acompanhem as vendas de carros zero quilômetro, a exemplo do que os concessionários norte-americanos já fazem há mais de 15 anos com o chamado F&I.
O  F&I abrange seguros e outros serviços que não são exatamente a venda de carro, como financiamentos, garantias estendidas e manutenções pré-pagas, mas que geram lucros aos lojistas.

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