Carol Aquino A TARDE
Na semana passada, a tarifa da concessionária baiana para os consumidores residenciais foi cortada em 18,96%, como parte do pacote do governo federal de redução do custo da energia elétrica. Se a nova proposta da Aneel for aprovada integralmente os baianos terão uma economia de 22,33% na conta de energia a partir de abril.
Um cliente da Coelba, que consome 300 kWh por mês, por exemplo, iniciou 2013 pagando R$ 179,19. Com a primeira redução da tarifa (-18,96%) o valor caiu para R$ 145,21. Com o novo corte proposto pela agência reguladora (-4,16%) a fatura será reduzida para R$ 139,16. A medida vai beneficiar mais de 5,2 milhões de consumidores atendidos pela Coelba.
O novo valor da tarifa, no entanto, ainda será discutido em uma série de audiências públicas envolvendo a Aneel, a Coelba e a sociedade civil. Durante o período de discussão são avaliados as despesas da concessionária com a produção de energia, transporte e outros custos.
Entre os dias 5 e 8 de fevereiro, o consumidor pode mandar suas sugestões para a Aneel. Os endereços de e-mail podem ser encontrados no site da instituição www.aneel.gov.br.
Esses dois descontos sucessivos trazem benefícios para o consumidor, mas não significa que ele irá contar com dinheiro extra no final do mês, avalia o vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRC-BA), Antonio Nogueira. Ele lembra que os preços das mercadorias e serviços devem subir nos próximos meses, por exemplo, por causa do aumento da gasolina, que impacta em todos os setores da economia.
Indústria - O vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Feib), Reinaldo Sampaio, conta que a expectativa é que as sucessivas reduções na conta de energia permitam que o setor do Estado fique mais competitivo.
"Em alguns setores da indústria as despesas com energia representam até 15% do custo total do setor.. Na média, esses descontos devem provocar uma redução de 6 a 8% no custo industrial", diz Sampaio.
Sampaio ainda revelou que esse descontos irão beneficiar setores importantes da indústria baiana, como o metalúrgico, petroquímico, de celulose e automobilístico, que tem uso intenso de energia. Porém , o consumidor não pode esperar redução de preços, porque esse desconto só vai mitigar os aumentos causados pelo aumento no preço do combustível e do índice inflacionário.
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