MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Cadillac começa renovação para se tornar global e se aproxima do Brasil


Para concessionário brasileiro, marca pode chegar ao país em 2015.
Recuperadas, montadoras americanas apostam no segmento premium.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em Orlando (EUA) - a jornalista viajou a convite da Fenabrave

Cadillac ATS (Foto: Priscila Dal Poggetto / G1)Cadillac ATS foi destaque no Salão de Paris 2012 (Foto: Priscila Dal Poggetto / G1)
O desempenho positivo de marcas premium como Audi, Porsche e Lexus forçaram a General Motors a correr atrás do tempo perdido e investir em um antigo ícone, a Cadillac. A marca que estava focada no mercado norte-americano e esquecida no resto mundo tem agora a ambição de se tornar referência mundial como as suas concorrentes. Além dos lançamentos de produtos e estreias no continente europeu, a meta é investir em países como China, Rússia, Brasil, entre outros.
Não há nada confirmado oficialmente, mas se eu for chutar uma data seria 2015"
José Henrique Figueiredo, concessionário Chevrolet no Brasil
Durante o Salão de Paris de setembro do ano passado, o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz, disse ao G1 que a companhia estudava trazer a marca ao país, caso o seu desempenho fosse bom no parecido mercado europeu. Cinco meses depois, concessionários Chevrolet presentes no congresso da associação das distribuidoras norte-americanas, a NADA, afirmam que o “estudo” já está mais avançado e que será inevitável a chegada da marca ao mercado brasileiro.
“Não há nada confirmado oficialmente, mas se eu for chutar uma data seria 2015. Isso porque tem todo o processo de tropicalização, homologação etc.”, afirma o diretor-executivo da Chevrolet Pedragon, José Henrique Figueiredo. A rede tem lojas em Brasília, Manaus e Recife. Segundo ele, falou-se muito durante o congresso da NADA sobre o desenvolvimento global da Cadillac, um trabalho que até então só foi aplicado na Chevrolet.
“Lexus, Porsche e Audi têm gerado mais rentabilidade do que a Chevrolet. Então, faz todo sentido que o desenvolvimento da Cadillac não demore”, ressalta o empresário, que esteve na NADA Convention, na semana passada.
Cadillac CTS frente (Foto: Divulgação)Novo Cadillac CTS é esperado para este ano
(Foto: Divulgação)
A nova Cadillac
Após um período de crise e de desânimo no lançamento de novos produtos, a Cadillac despejou um balde de novidades nas concessionárias norte-americanas. Além de ganharem desenhos mais arrojados, a montadora investiu em tecnologia e deixou seus carros com condução mais esportiva.
Os primeiros a aparecer no pedestal das lojas foram o grande sedã XTS e o compacto ATS, este último premiado a “Carro do Ano” nos Estados Unidos durante o Salão de Detroit 2013, em janeiro. O sucesso do ATS tem atraído novos clientes para a Cadillac. De acordo com a fabricante, 70% dos compradores do compacto nunca tiveram um carro da marca antes.
Para este ano, é esperada a renovação do sedã topo de vendas da marca, o CTS. Ele chega apenas no quarto trimestre, mas será exibido durante o Salão de Nova York, em março. Com isso, os concessionários esperam que as vendas cresçam 35% neste ano — a montadora não divulga metas. Em 2012, as vendas subiram 2%, para 149.782 unidades, contra o crescimento geral do setor no país de 13%.
Já para o começo do ano que vem, são esperados mais dois modelos, a nova geração do utilitário esportivo Escalade e o ELR híbrido plug-in. Nos Estados Unidos, os concessionários já passam por um forte treinamento para receber estes produtos e aperfeiçoar o atendimento do cliente “premium”.
Contudo, a GM ainda estuda o investimento na criação de um modelo “suntuoso” para concorrer com o BMW Série 7 e o Mercedes-Benz Classe S. Em uma das palestras da NADA Convention, o co-chairman da associação norte-americana de concessionários Cadillac, Carl Sewell, ressaltou que o lançamento deste modelo será fundamental para tornar a marca uma empreitada global. “Nós absolutamente temos que ter este carro”, disse o empresário ao criticar a postura do CEO da GM, Dan Akerson, ainda “estudar” o assunto. Akerson espera os resultados das vendas deste ano na China e nos Estados Unidos para liberar o “cartão verde”.
Lincoln MKC é apresentado no Salão de Detroit pelo presidente e CEO da Ford, Alan Mulally, (Foto: James Fassinger/Reuters)Lincoln MKC foi apresentado no Salão de Detroit
(Foto: James Fassinger/Reuters)
Ford reinventa a Lincoln
Enquanto isso, o grupo Ford investe na também premium Lincoln. Em dezembro último, a companhia anunciou a "The Lincoln Motor Company", recriando a marca, e lançou o novo sedã MKZ dentro de seu plano estratégico para investimento no segmento de carros de luxo. No entanto, além dos Estados Unidos e da China, a empresa norte-americana não anunciou em quais países a marca atuará.
Conforme a montadora apresentou no Salão de Detroit deste ano, o foco está em oferecer um carro premium, de preço “moderado”, com linhas esportivas, suaves e sem ostentação. Em outras palavras, eles querem fugir dos “pavões” da Cadillac e da sobriedade demasiada dos japoneses. Assim, a Lincoln está no meio de uma reformulação que trará quatro novos modelos nos próximos quatro anos — o primeiro é o sedã médio MKZ de US$ 36.000 (R$ 73.180). Em Detroit, ela exibiu o protótipo do SUV compacto MKC, que baterá em cheio os concorrentes BMW X3 e Acura RDX. Ele deverá ser lançado no final deste ano.

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