MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Blocos de rua festejam apoio para aumentar presença no carnaval de SP


Prefeitura chamou organizadores para conversar e estudar apoio.
E deve colaborar com limpeza das ruas e pedir apoio da CET e PM.

Debora Pivotto Do G1 São Paulo

kolombolo diá piratininga (Foto: Walter Nunes/divulgação)Kolombolo diá Piratininga, um dos blocos de rua
da cidade (Walter Nunes/divulgação)
Depois de protestar contra a falta de apoio do poder público para o carnaval de rua, os organizadores de blocos de São Paulo começam a negociar ajuda aos grupos menores com a nova gestão municipal.
Segundo eles, a Prefeitura prometeu para este ano colaborar com a limpeza das ruas nos locais de concentração e dispersão dos blocos e pedir o acompanhamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Guarda Municipal para auxiliar no desfile dos blocos.
Em nota, a prefeitura confirma que irá promover o "diálogo interno com os órgãos responsáveis pela limpeza, segurança, higiene e trânsito" e garante um apoio mais efetivo para 2014.
O secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, se reuniu no dia 24 de janeiro com representantes de blocos e criou um Grupo de Trabalho Sobre o Carnval, para discutir uma política específica para o carnaval de rua da cidade.
Os organizadores comemoram. "Quando procurávamos a subprefeitura, a primeira reação era dizer que precisa de mil alvarás, taxas para a CET e a coisa se perdia na burocracia", afirma Ligia Fernandes, do cordão Kilombolo diá Piratininga, que desfila na Vila Madalena há quatro anos.  "Pelo menos agora a gente consegue conversar".
Além da reunião com o secretário da Cultura, organizadores dos blocos da Vila Madalena se reuniram nesta semana com a polícia, representantes da CET e da associação de moradores para discutir o assunto. Na Vila Mariana, o subprefeito Luis Fernando Macarrão procurou os organizadores do Unidos da Vila Mariana, tradicional na região, e prometeu apoio.
Nos últimos anos, eles dizem que a dificuldade em conseguir autorização e orientação era tanta que, em dezembro, os organizadores chegaram a elaborar um manifesto carnavalista, em que pediam apoio para o poder público, mídia e população. “Pior coisa é desfilar com medo de cruzar com a polícia e a CET", lembra Ligia Fernandes, do Kolombo. No ano passado, o desfile do bloco foi interrompido pela polícia na metade do trajeto.
 Blocos pedem passagem
Mesmo com algumas dificuldades, o número de pequenos blocos de rua em São Paulo e, principalmente, o interesse dos foliões paulistanos pela diversão gratuita, cresceram muito. Os desfiles se concentram neste fim de semana que antecede o carnaval.
Só na região da Vila Madalena, neste sábado (2), vão desfilar Bangalafumenga e Sargento Pimenta e, no domingo, saem o Confraria do Pasmado, Nóis Trupica Mais Não Cai e Bloco do Ó (no vídeo acima, Eduardo Piagge, um dos organizadores do Confraria do Pasmado, conta a história do bloco que completa 10 anos em 2013).
Mas colocar um bloco na rua custa caro. E, com exceção dos blocos e bandas maiores da Abasp (Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo) e do Folia da Luz, que tem o apoio da Prefeitura, os organizadores dos blocos pequenos têm que sambar para arcar com as despesas.
Jorge Vespero, do Unidos da Vila Mariana, calcula ter gastado cerca de R$ 8 mil com a estrutura do desfile, que costuma reunir cerca de 2 mil pessoas. "Foram R$ 1.700 com o carro de som, R$ 1.200 para ter uma UTI móvel, R$ 800 com seguranças e R$ 780 para quatro banheiros químicos", diz Jorge.
O trabalho da CET também tem custos. É preciso pagar uma taxa de autorização e fechamento da via, além de providenciar cones e cavaletes para a sinalização. Para levantar fundos, o bloco da Vila Mariana vende por R$ 40 kits com camiseta, caneca, capa de chuva e um vale para sete cervejas para foliões que queiram colaborar. Mas a arrecadação não é suficiente. "As vendas ajudam, mas grande parte é custeado por nós mesmos", lembra Jorge.
A exemplo do que já acontece no Rio de Janeiro, fabricantes de cerveja começaram a financiar alguns blocos de rua por aqui. Este ano, pela primeira vez, a Skol investiu forte no carnaval da cidade e patrocinou 45 blocos. "Estamos apoiando por meio de ajuda financeira  e produção  de camisetas personalizadas. Também estamos melhorando a estrutura para o folião, colocando banheiros e  garantindo a limpeza", afirma Gustavo Araújo de Castro, gerente de eventos da Skol.

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