Luana Almeida e Catiane Magalhães A TARDE
Entre as instituições baianas, as universidades públicas foram as que majoritariamente atingiram melhores notas. A Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e a Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc) obtiveram nota 4. Apenas duas particulares conseguiram o mesmo resultado: a União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), em Lauro de Freitas, e Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, no município de Paripiranga. No Estado, nenhuma instituição de ensino obteve a nota máxima nem a nota mínima: o resultado entre as faculdades avaliadas variou entre 2 e 4.
As estaduais - Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb) e Universidade Federal de Feira de Santana (Uefs) - vêm logo em seguida, com nota 3. O Instituto Federal Baiano (Ifba), assim como a 37 faculdades particulares, também obteve o conceito 3. As particulares Universidade Jorge Amado (Unijorge), Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC) e Universidade Salvador (Unifacs) também alcançaram nota 3.
Três faculdades não obtiveram notas porque ainda não têm os cursos reconhecidos: Faculdade Santo Agostinho, Ipiaú; Faculdade Nossa Senhora de Lourdes, Porto Seguro; e Faculdade Cenecista, de Senhor do Bonfim. Outras 20 ficaram sem conceito.
Qualidade - Para o presidente da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel Pereira, o Enade não é a melhor forma para avaliar a qualidade das instituições. "A prova do Enade é subjetiva. Além disso, esse exame é feito por estudantes, e muitos deles não têm o menor comprometimento com a prova. Muitos, apenas assinam o nome e entregam a prova sem ler", afirmou.
Para Joel, os estudantes que procuram uma faculdade não devem utilizar o Enade como critério de escolha. "As notas de avaliação do MEC, sim, são importantes, pois são dadas a partir de uma visita in loco, na qual é possível avaliar de forma completa".
Na opinião do especialista em educação, Basilon Carvalho, o baixo rendimento das instituições particulares se deve, principalmente, a forma como o ensino é passado dentro da sala de aula. "As faculdades particulares estão cada vez mais técnicas. É preciso oferecer ao aluno um olhar crítico, pois é isso que o Enade avalia, a partir das questões abertas", afirmou.
Para Carvalho, problemas na educação básica também contribuem para que as faculdades particulares alcancem rendimento insatisfatório. "O acesso à faculdade particular é mais fácil. Em alguns casos, os alunos entram sem base e conhecimentos que deveriam ser adquiridos durante o ensino médio", disse.
Satisfação - O aluno do 8º semestre do curso de jornalismo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Alexandre Wanderley, 27, afirma que está satisfeito com o curso. Para o estudante, que está prestes a se formar, o segredo do bom desempenho da instituição no Enade é o corpo docente, que ele considera como capacitado.
"Sabemos que a qualidade da estrutura física da Ufba varia de unidade para unidade. Considero como uma boa universidade, pois contamos com professores qualificados. Além disso, os alunos são bem preparados e estão engajados naquilo que fazem", opinou.
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