Projeto do Incra quer melhorar o trabalho em assentamentos de MS

Ação começou em 2002 e deve beneficiar 10 mil famílias do estado.
Assistência começou a mudar a vida de alguns assentados.

Do G1 MS com informações da TV Morena

Um projeto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quer orientar e melhorar o trabalho no campo de assentamentos de Mato Grosso do Sul. O projeto começou em 2008 e deve beneficiar quase 10 mil famílias do estado.
De acordo com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), técnicos se reúnem com os assentado e explicam o procedimento para a assistência que pretende melhorar a produção no campo.
“A participação das famílias é para que eles se interem e tenham um compromisso com a assistência técnica. A partir do momento que eles receberem essas informações terão o compromisso de participar e auxiliar no nosso trabalho”, afirma o zootecnista da Agraer Orlando Camy.
O casal Pedro Capitulino e Maria da Silva Capitulino mora no assentamento Santa Mônica, localizado em Terenos a 27 km de Campo Grande. O local é fruto da desapropriação de uma fazenda ocorrida em 2007 e hoje já tem 715 famílias em seu território.
O casal foi um dos primeiros a participar do programa. Na propriedade, os dois criam pequenos animais e produzem frutas em um pomar. “Tudo o que plantar aqui a gente produz, conforme tivermos uma boa renda dá para a gente plantar mais”, afirma a assentada.

Para o coordenador do Incra, Jefferson Amorim Moreia, o primeiro passo do programa é fazer uma análise da vida e da produção dos assentados. “O objetivo é inserir essas famílias em um contexto produtivo e melhorar a situação de renda dessas famílias”, afirma Moreira.
Assistência
A previsão do Incra é que os técnicos visitem todos os lotes nos 62 assentamentos do estado e espera que em três meses, todas as famílias sejam analisadas. O técnico agropecuário Alriney Menezes afirma que o trabalho de orientação se torna uma assistência técnica permanente. “A maioria deles tem vontade, tem experiência, mas ela é mais rústica e não técnica. Precisamos mesmo é dar a assistência técnica junto com eles”, completa Menezes.
A Assistência técnica já começou a mudar a realidade de alguns assentados. Orlando Maciel planta mandioca, milho, feijão e palmito, os produtos são vendidos em Campo Grande e são a renda do produtor. Todo trabalho é feito com base nas orientações dos técnicos. “Toa a produção de milho está vendida, só falta entregar”, afirma o produtor.
O técnico do Incra Valter Brait, conta que o programa deve mudar a vida dos assentados. “O resultado final vai ser mais produção, mais ganho para a família e assegurar que eles permaneçam na terra”.