MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de maio de 2012

Começa a baixar a água na região do Alto Rio Solimões, AM


Na região de Manaus, água deve subir por mais alguns dias.
Cheia no Amazonas é a maior de todos os tempos.

Do Globo Rural

Época difícil para o gado criado nas áreas de várzea da Amazônia. Mais de 640 mil cabeças sofrem os efeitos da cheia.
Em fevereiro, os rebanhos começaram a ser transportados para terra firme em uma região que dificilmente alaga. Quem não tem terra nesses lugares ou não teve dinheiro para alugar o pasto, teve que construir marombas. No Paraná do Supiá, um dos braços do Rio Solimões, o gado pode ficar confinado assim por até seis meses.
As marombas são currais suspensos sobre o rio, apoiados em estacas e toras de madeira. A alternativa é para que o gado não morra afogado ou fique doente por ficar todo tempo dentro da água.
A Secretaria de Produção Rural do Amazonas estima que mais de 140 mil cabeças de gado estejam em currais de maromba. Os mais prejudicados são os pequenos criadores.
Duas vezes por dia, o produtor Francisco da Silva sai para cortar canarana, uma espécie de capim aquático que nasce naturalmente no rio e serve para alimentar o gado.
Quando a água começar a baixar, Francisco já espera outro problema: como a terra ficou submersa por muito tempo, não haverá pasto. Todo o capim terá que ser plantado novamente.
Este ano, choveu mais que o esperado. Segundo especialistas a causa é o fenômeno La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico Equatorial.
As grandes cheias dos rios da Amazônia já tiveram um intervalo de 50 anos, mas desde 2005, só o Rio Negro já registrou duas grandes cheias e duas vazantes históricas, um curto espaço de tempo que os especialistas ainda não sabem explicar.
O fato é que todo ano, neste período, a vida de milhares de famílias muda. Este ano, até as estradas foram inundadas, em alguns trechos das rodovias, dá até para pescar.
A Secretaria de Produção Rural do Amazonas calcula que mais de 7.600 cabeças de gado já tenham sido perdidas por causa da cheia este ano.

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