MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cooperativas sofrem com falta de garrafa pet no mercado de reciclagem


Produção de uma das fábricas já chegou a ser interrompida por falta de pet.
Na natureza, o plástico pode demorar até 100 anos para se decompor.

Do G1 SP

As garrafas pet estão em falta no mercado de reciclagem. Quase metade das 280 mil toneladas de garrafas que o Brasil produz a cada ano vai parar no lixo. Na natureza, o plástico pode demorar até 100 anos para se decompor.
As garrafas que flutuam nos rios ou são jogadas no meio da rua significam desperdício de dinheiro e de matéria-prima para muita gente, como os 25 cooperados que trabalham com reciclagem em um galpão em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.
Para cada R$ 100 que eles lucram com a venda de materiais, R$ 30 vêm das garrafas de água e refrigerante. “É o material mais fácil de se trabalhar, porque é limpo. Não tem contaminação, não tem cheiro, é só o trabalho mesmo de separação. Tem sempre alguém querendo comprar pet”, diz Dulce Alves de Andrade, presidente da cooperativa.
São 10 toneladas separadas por mês e vendidas para empresas que moem o plástico. As empresas compram a pet em grãos e transformam em fios. São fibras que depois vão servir de enchimento de sofá, de banco de carro, até tecido para camiseta. Por ano, são usadas, nessa produção, um bilhão de garrafas de refrigerante.
A produção de uma das fábricas, porém, já chegou a ser prejudicada por falta de pet. “Nós já chegamos a parar por falta de matéria-prima. A demanda foi crescendo e não foi acompanhada pela oferta de material. O material que é coletado hoje, que chega hoje a nossa fábrica não entrou no sistema público de coleta. Se entrar, não chega aqui”, afirma José Trevisan Jr., diretor da fábrica.
A fábrica tem que procurar a matéria-prima em todos os cantos do Brasil. Um dos carregamentos, por exemplo, chegou de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, após mais de 2.500 quilômetros de viagem. Para Trevisan, o plano é buscar a matéria-prima em outros países. "Estamos avaliando a possibilidade de compra na Argentina, Paraguai. Vamos tentar buscar mais material lá para tentar manter o crescimento", declara.

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