MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Verba para áreas de risco no RJ não foi usada, aponta documento

 

Prefeito de Nova Friburgo afirma que não recebeu dinheiro do estado.
Secretário admitiu que o governo prometeu uma verba que não tinha.

Do G1, com informações do Jornal Nacional
Um ano após a tragédia das chuvas na Região Serrana do Rio, municípios ainda aguardam pela verba prometida pelo governo para reassentar moradores de áreas de risco. Em 2011, a Secretaria estadual de Obras tinha no orçamento R$ 209.138.621,00 para esta finalidade. No entanto, segundo um documento do Sistema Integrado de Administração Financeira para estados e municípios, nenhum centavo foi empenhado.
O atual prefeito de Nova Friburgo, Sérgio Xavier (PMDB), afirma que não recebeu dinheiro do estado: “Especificamente, receber verba, nós não recebemos”, disse ele.
O secretário estadual de Obras, Hudson Braga, admitiu que o governo prometeu uma verba que não tinha: “Tinha o orçamento, mas fisicamente o dinheiro não existia, porque nós estávamos negociando com o governo federal a vinda desse recurso”, explicou ele.
O governador Sérgio Cabral, que esteve nesta terça-feira (3) em Nova Friburgo, disse que houve outra dificuldade: “Encontrar terrenos seguros que depois de avaliação técnica nos permitisse fazer as obras necessárias por conta do governo do estado de infraestrutura, e o governo federal entrar com Minha Casa Minha Vida”, disse ele.
Cabral ainda anunciou o início das obras de mais de dois mil apartamentos em Friburgo: “Semana que vem inicia-se as obras, são mais de 2 mil apartamentos aqui em Nova Friburgo, uma obra de, se não me engano, mais de R$ 300 milhões”, disse ele.
Sinais da tragédia
Ao visitar um dos bairros mais devastados pela catástrofe do ano passado é como se o tempo tivesse parado. O desempregado Eliezio Schueck se emociona: “Muita tristeza, eu querendo ajudar pessoas a salvar vidas e não podia porque estava entrevado”, relembra ele.
Na casa onde mora com a família, o papel da interdição ainda está colado na parede. A Defesa Civil esteve aqui poucos dias depois do temporal de janeiro passado. Há rachaduras nos cômodos.
“Nos cômodos todinhos chove, a gente tira baldes e baldes d’ água. A gente não dorme, não consegue dormir, o meu medo é isso aqui cair, como é que a gente vai fazer?", disse a auxiliar de serviços gerais Norma Schuenck.

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