Agricultores improvisam pontes para escoar os produtos.
Segundo a Defesa Civil, 66 municípios estão em situação de emergência.
A quantidade de lama deixou escorregadio o asfalto da estrada que dá acesso à Mesquita, em Minas Gerais. No percurso há vários deslizamentos de terra, mas nas estradas rurais estão os maiores problemas do município que tem na produção de alimentos a grande fonte de renda. São 21 quilômetros de um percurso destruído pela chuva. As erosões engoliram parte da via. Depois de cada curva há um obstáculo para ser vencido.
Alguns moradores da região utilizaram restos de madeira e telhas de metal para improvisar uma ponte. Segundo o produtor de leite e queijo Fábio Oliveira, o momento é difícil. Parte da produção é perdida na viagem.
A falta de luz é outro problema da área rural. Os produtores estão sem energia elétrica há três dias. “Precisa guardar o queijo e o leite na geladeira. Sem energia fica difícil”, diz Agnaldo da Silva, produtor de leite.
Uma tirolesa foi montada para levar alimentos, água e roupas para quem está do outro lado do rio Xopotó, que transbordou e dividiu o município de Guidoval. Cerca de quatro mil pessoas estão isoladas e o resgate é feito por helicóptero e barco. A agricultora Marlene Martins foi resgatada com duas filhas enquanto se protegia na copa de uma mangueira. Ela perdeu o marido na enchente.
O acesso às zonas rurais pelas estradas vicinais também é muito ruim. Uma cratera se abriu na ponte em Guiricema.
Na madrugada de domingo (01) para segunda-feira (02) choveu bastante na estrada que liga os municípios de Coimbra e Dona Euzébia, que também é o ponto de encontro dos rios Guiricema e Rio Branco.
Em Visconde de Rio Branco a força da chuva também destruiu o paiol de uma propriedade. O ônibus para o transporte escolar que estava estacionado no local por causa das férias foi arrastado pela água.
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