Anvisa cancelou registro de duas marcas por usarem silicone industrial.
Pacientes sem condições de pagar procedimento podem usar rede pública.
Segundo a secretaria, nenhuma das cirurgias para colocação das próteses ocorreu pela rede pública. Os procedimentos teriam sido feitos por três ou quatro médicos da rede particular. Segundo a pasta, os próprios cirurgiões estão convocando as pacientes para serem examinadas.
Também ficou estabelecida a criação de um ambulatório no Hospital Regional da Asa Norte para atender as pacientes após serem encaminhadas por médicos da rede privada. A prioridade para cirurgias é de mulheres que apresentaram ruptura da prótese, dor ou inflamação após se submeterem a ultrassonografia da mama, fizeram a cirurgia para reconstrução ou têm caso de câncer de mama entre parentes de primeiro grau.
Segundo a secretaria, pacientes que não apresentaram problemas e tiveram implantes com as marcas condenadas também serão avaliadas. Assim como as outras, elas deverão fazer exames periódicos.
Despreocupada
Mesmo sem estar na situação das pacientes que precisam trocar a prótese, uma estudante ouvida pelo G1 disse ficar preocupada com as mulheres que precisam fazer a cirurgia. “Meu médico disse que tem profissional que compra várias marcas, até para quando for oferecer para o cliente ele possa escolher o preço."
A estudante colocou 350 ml em cada seio há três anos e diz nunca ter sentido nenhum dos sintomas sentidos por usuárias das marcas cassadas pela Anvisa. Segundo ela, o médico usou uma marca nacional. “Na época essas [PIP e Rófil] eram até mais baratas, mas meu médico preferiu a brasileira porque, se acontecesse algo, tinha como ligar para a fábrica.”
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