MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 24 de setembro de 2011

'Foi a melhor coisa que já fiz' diz ex-tripulante sobre trabalho em navio

 

Em 2010, setor movimentou 40 mil empregos diretos e indiretos.
Ex-tripulante trabalhou cinco anos a bordo e virou empresária.

Adriana Justi Do G1 PR
Fabiana embarcou em 2003 e ficou até 2008. (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana embarcou em 2003 e ficou até 2008
(Foto: Arquivo pessoal)
O número de passageiros em cruzeiros na costa brasileira deve aumentar em 2011. O crescimento do setor, que movimentou 40 mil empregos diretos e indiretos em 2009 e em 2010, foi percebido como uma chance de negócios para empreendedores.
A carioca de 33 anos, que mora em Curitiba há 20 anos, Fabiana Dorleans, embarcou em 2003 para trabalhar e acabou ficando por cinco anos. Ela conheceu o marido e ainda abriu uma empresa de capacitação para tripulantes. "Embarcar no navio para trabalhar foi a melhor coisa que já fiz na minha vida", conta Fabiana.
Na última temporada, 20 transatlânticos  percorreram a costa brasileira e transportaram 792.752 turistas. Destes, 99 mil eram estrangeiros.
Neste ano, 17 navios com um número maior de leitos realizarão cruzeiros de cabotagem na costa do país na temporada 2011/2012. A expectativa da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) é que o número de turistas aumente para 894.333. Os navios vão percorrer 386 roteiros do litoral brasileiro de outubro de 2011 a maio de 2012.
As oportunidades de emprego oferecidas são para as áreas de transporte, serviços turísticos, comércio, bares e restaurantes. O período de contratações começou em agosto e encerra em meados de dezembro.
A carga horária é de 10h a 13 horas diárias. O salário, que é pago em dólar e euro, é de aproximadamente R$ 3 mil, fora as gorjetas. Para conseguir uma vaga, o candidato precisa ter de 21 a 35 anos e ter inglês avançado ou fluente. Além disso, é preciso realizar um curso preparatório com aulas teóricas e práticas que dura em média de sete dias a três meses.
Cada dia eu acordava em um país diferente"
Diz Dorleans
O corte com os gastos e o salário pago em moeda estrangeira foram os principais fatores que levaram Fabiana Dorleans a aceitar o desafio.
“A ideia surgiu após uma palestra na faculdade sobre o tema. Me interessei por causa do salário e porque eu não teria gastos com alimentação, estadia e transporte. Eu aproveitei as férias da faculdade de três meses para encarar e desafio. Nos sete primeiros dias eu senti muita dificuldade porque o trabalho é duro, cansativo, os horários são muito diferentes, cada dia eu acordava em um país diferente (...), mas acabei me adaptando pouco tempo depois. Eu renovei o meu primeiro contrato por 11 meses e conquistei promoções rápidas e acabei ficando cinco anos a bordo", explica Dorleans.
Fabiana conta que nesse período precisou trancar a faculdade e sentiu muita falta da família. "Eu não me arrependo de nada, se fosse possível voltar no tempo, eu faria tudo da mesma maneira, exatamente igual, aliás, talvez eu não comprasse tantos souvenirs nas mais de 30 cidades que conheci pelo mundo afora", conta com humor Fabiana.
Fabiana e Izaías Marques se conheceram no navio. (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana e Izaías Marques se conheceram no navio.
(Foto: Arquivo pessoal)
De volta pra casa
Durante o período que Dorleans trabalhou no navio, ela conheceu o marido Izaías, com quem vive há três anos. "Nós trabalhávamos no mesmo departamento no navio e nos encontrávamos sempre após o expediente, em uma área que era reservada para os funcionários", conta Fabiana.
"Como o Izaías já tinha experiência com uma empresa de recrutamentos espanhola, eu aproveitei a minha experiência como tripulante e resolvemos abrir uma agência para capacitar e treinar futuros tripulantes em Curitiba. Nós começamos com a empresa em agosto de 2008 e hoje pré-selecionamos em média dois mil candidatos e embarcamos cerca de 400 a 500  por temporada", relatou Dorleans.

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