MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 25 de setembro de 2011

Com dois a menos, Dragão busca empate heroico contra o Palmeiras

 

Verdão sai na frente, vê dois expulsos no Atlético-GO e, mesmo assim, é dominado. 1 a 1 só foi bom para os goianos, festejados pela torcida

Por GLOBOESPORTE.COM Goiânia

A capacidade que o Palmeiras tem para complicar jogos favoráveis impressiona. Assim como impressiona a garra de um Atlético-GO que, mesmo com dois a menos, buscou o empate por 1 a 1 contra o Verdão, neste domingo, no Serra Dourada, e encarou o resultado como vitória heróica. Pois o time de Luiz Felipe Scolari abriu o placar, viu dois expulsos do outro lado e tinha campo livre para ampliar. Nada disso parece ter atraído os 11 alviverdes em campo, que apenas assistiram de camarote à uma demonstração de superação dos rubro-negros goianos. Um time não quis vencer e está mais longe da briga por Libertadores. O outro, guerreiro, foi ovacionado pela torcida e mantém sua fama de time “chato”.
Parece que o Verdão entrou determinado a empatar, e conseguiu. Com 12 igualdades, o time é o recordista do resultado no Campeonato Brasileiro – os 39 pontos mantêm os comandados de Felipão a dois do quinto colocado Fluminense, primeiro no G-5.
O Atlético-GO subiu para os 35 pontos, no meio da tabela. Valeu para o time de Hélio dos Anjos mostrar que é forte e brioso. Se a briga por Libertadores está longe, ao menos o rebaixamento não parece uma realidade para os goianos.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o lanterna América-MG no Canindé, sábado, às 18h. No domingo, às 18h, o Atlético pega o Botafogo no Serra Dourada.
Mais do mesmo
Luiz Felipe Scolari resolveu manter boa parte do time que venceu o Ceará por 1 a 0, acreditando no maior entrosamento dessa formação. A mudança foi mínima: sem Chico, suspenso, Márcio Araújo voltou para sua posição de origem no meio-campo e João Vitor entrou na lateral direita. E o desempenho foi parecido com o do jogo passado, com Luan comandando as ações pelo lado esquerdo e empurrando o time ao ataque. Kleber, mais recuado, Tinga, pela direita, e Fernandão, fixo na área, completaram o sistema.
O Atlético-GO também tinha seus recursos e tentou se aproveitar da sonolência da defesa palmeirense. Mesmo em ritmo lento, nomes como Juninho e Vitor Júnior tiveram liberdade para articular o jogo. O Dragão não levou tanto perigo, assustou mais nas bolas aéreas, mas conseguiu deixar o duelo bem morno.
São nesses jogos truncados que a principal arma de Felipão aparece. Com faixa de capitão e tudo, Marcos Assunção deu trabalho a Márcio em dois escanteios – que não foram dois gols olímpicos por muito pouco. Mais de longe, a perícia do volante deu resultado: aos 23 minutos, Assunção encontrou o zagueiro Henrique, que só desviou de leve para fazer seu terceiro gol no Brasileirão e decretar: 1 a 0 Palmeiras.
O excesso de cartões aplicados pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento (AL) causou baixas ainda no primeiro tempo. Após falta duríssima em Fernandão, o zagueiro Anderson foi expulso e o time da casa ficou com um a menos. A senha para os comandados de Hélio dos Anjos se retraírem ainda mais, mesmo jogando no Serra Dourada.
Manias que custam caro
Mesmo com um a mais, time mais qualificado e a vantagem no placar, o Palmeiras começou a segunda etapa de forma defensiva, esperando o Dragão no campo de defesa. Foi justamente essa postura que custou pontos em jogos fundamentais, contra Atlético-PR e Cruzeiro, por exemplo. O Atlético-GO gostou do panorama do jogo e se lançou, apostando na bola aérea – principal deficiência do Verdão. Agenor, sozinho, quase empatou. No banco de reservas, Felipão não conteve a irritação.
Irritado também estava Vitor Júnior, justamente aquele de maior recursos técnicos no Atlético. O time vinha jogando bem, martelava e se mostrava próximo do empate. Mas após sofrer uma falta de João Vitor, o meia do Dragão saiu de sua normalidade e esbravejou contra o árbitro. Francisco Carlos Nascimento não teve alternativa: expulsou Vitor Júnior e causou a ira da torcida goiana. Daí até o fim, o clima no Serra Dourada foi de pressão.
E o Palmeiras, de forma impressionante, sofreu um apagão e deixou o Atlético jogar como quis. Mania que não é nova - boa parte empates veio em vacilos do próprio time. Quando teve a bola, o Verdão apenas trocou passes na intermediária. Do outro lado, nove valentes atleticanos se lançaram ao ataque e criaram suas chances. Se não fosse Márcio Araújo em um lance, Anselmo teria entrado com tranquilidade na área e empatado o duelo.
Hélio dos Anjos não se omitiu e lançou o atacante Felipe. E na primeira jogada, ele rifou uma bola na grande área. Quatro palmeirenses estavam na defesa, e mais um acompanhando o lateral Thiago Feltri. Pois aos 35 minutos, Feltri soltou a bomba de esquerda quase sem ser incomodado. Deola não pegou, e o Palmeiras entrou numa pilha de nervos. Incrédulo, Felipão tentou novidades ao colocar Pedro Carmona e Ricardo Bueno. Nem assim. Mesmo com dois a mais, o rei dos empates fez questão de manter sua sina. Do outro lado, festa para o valente Dragão.

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