MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ataque ou morte: setor ofensivo dá vitória ao Inter sobre o América-MG

 

Quarteto ofensivo vai bem, defesa volta a falhar, e Inter faz 4 a 2, mesmo placar do duelo do primeiro turno

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Leandro Damião gol Internacional (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Damião e Oscar comemoram com Kleber
(Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
No feriado de 7 de setembro, o que o Inter soltou foi um grito de dependência: dependência de Damião, de D’Alessandro, de Oscar, de Andrezinho. Dependência de todos eles juntos. Foi graças ao ataque que o time colorado manteve fé em habitar um lugar mais alto na tabela de classificação. A vitória de 4 a 2 sobre o América-MG, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, teve a impressão digital do setor ofensivo vermelho. D’Alessandro voltou ao time após três jogos em que, sem ele, o Colorado não conseguiu vencer.
O resultado foi um repeteco do placar do primeiro turno. Todos os gols saíram no primeiro tempo. Do quarteto de frente, só Andrezinho não marcou. Rodrigo Moledo acompanhou Leandro Damião, D’Alessandro e Oscar na autoria dos gols. André Dias e Kempes fizeram para o Coelho, mais um time a escancarar a deficiência defensiva dos gaúchos.
A vitória elevou o Inter para a sétima colocação, com 32 pontos, momentaneamente a quatro da zona de classificação para a Libertadores – a rodada terá prosseguimento na quinta-feira. O América segue atolado na lanterna, com 17, a sete da fronteira da área do rebaixamento. O time de Belo Horizonte volta a campo no sábado, contra o Avaí, na Arena do Jacaré. O Inter, um dia depois, visita o Palmeiras.

Não vale a pena ver de novo: ataque salva a defesa
Inter 1 a 0. Inter 2 a 0. Inter 3 a 0. Aí o América-MG desconta e a torcida colorada, lembrando do jogo contra o Santos, pensa: “Ai, ai, ai...”. Mas desta vez a dormência vermelha foi um pouco menor, e os gaúchos fecharam o primeiro tempo naquele velho esquema de o ataque salvar a defesa: 4 a 2.
No início, não foi um jogo: foi um passeio de mãos dadas em um feriado de sol. O Inter saracoteou por onde quis, quando quis, do jeito que quis. Com 13 minutos, abriu 3 a 0 e deu a impressão de que bateria o recorde interplanetário de gols. Quase isso.
Começou com Rodrigo Moledo. E cedo. Aos três minutos, Andrezinho cobrou escanteio na cabeça do zagueirão, que mandou uma testada forte, precisa, para já encaminhar a vitória.
Continuou com Damião, sempre Damião, eternamente Damião. Oscar tocou de calcanhar para Kleber, que encontrou o espaço necessário para o centroavante, de carrinho, marcar seu 37º gol em 2011.
Seguiu com D’Alessandro. Guiñazu avançou pela esquerda e foi derrubado por Otávio dentro da área. Pênalti. Damião pediu para cobrar. Oscar também. Mas quem manda mesmo é quem veste a camisa 10. O argentino bateu e fez 3 a 0.
Para qualquer torcida do mundo, seria certeza de vitória. Para a do Inter, que viu o time transformar, em 15 minutos, uma vitória de 3 a 0 sobre o Santos em empate por 3 a 3, começou a bater um temor enquanto o América-MG avançava. O time visitante, que antes empilhava passes errados, passou a pelo menos rodear a defesa colorada. E aí a zaga falhou.
E, como de hábito, falhou pelo alto. O América-MG fez dois gols em cruzamentos da direita. O primeiro foi marcado por André Dias; o segundo, por Kempes. Em ambos, a defesa não conseguiu acompanhar por cima. Em ambos, Muriel tocou na bola, mas sem força suficiente para salvar. O segundo foi falha do goleiro.
Os gols só não tiveram impacto maior nos colorados porque Oscar, entre eles, fez um golaço para o Inter, aumentando para 4 a 1 o placar que logo depois seria reduzido para 4 a 2. O guri dominou a bola pela esquerda, no campo de ataque, encaixou o corpo e mandou colocado, no ângulo. Lindo de ver. Foi um lance para impedir o repeteco daquele filme de reação do adversário – uma história que, para a torcida local, não valia a pena ver de novo.
Jogo movimentado, placar imóvel
A vantagem colorada no placar, indicando algum conforto, não levou marasmo à partida. Pelo contrário. O segundo tempo se mostrou mais ríspido do que o primeiro. Jogadores trocaram empurrões, esticaram braços, deixaram pernas, sempre para provocar o adversário. D’Alessandro levou um tapa, reclamou, recebeu cartão amarelo e quase foi expulso ao se enroscar com um oponente.
O Inter seguiu melhor, mas sem uma superioridade tão expressiva quanto a de antes. Com Damião marcado de perto, por vezes com força excessiva, o time colorado se valeu dos três meias para manter o controle do jogo. Andrezinho quase ampliou. Entrou na área aos dribles, mas foi acossado na hora de concluir.
D’Alessandro esteve perto de fazer um golaço. Pelo lado direito do ataque, de costas para o gol, ele girou em um piscar de olhos e mandou de canhota, no travessão. Quase.
Os dois treinadores apelaram para o banco, fizeram trocas, testaram alternativas. Damião fez um gol, mas a arbitragem anulou o lance, sob alegação de falta. O placar seguiu imóvel, e o Inter, graças a seu ataque, conseguiu a vitória. O time de Dorival Júnior é dependente de seus avantes. Dependência ou morte.

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