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Organon projeta fechar o ano como líder no mercado de contraceptivos de longa duração
Com
apenas 4 anos de operação no Brasil, farmacêutica global prevê
conquistar a liderança em número de pacientes até o final de 2025, e
ampliar vantagem em 2026, atendendo a mais 2 milhões de mulheres no
período
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Organon se prepara para fechar o ano como líder nos mercados público e
privado de contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs, na sigla
em inglês) com apenas quatro anos de operação no Brasil. A farmacêutica
global obteve 29,5% de market share em 2024 e acredita que poderá chegar
a 59% até o final deste ano considerando a demanda estimada pelo
governo federal, a presença atual em programas municipais e mercado
privado.
Esse salto de quase 97% terá sido impulsionado sobretudo por duas
novidades: o contrato fechado no mês passado com o Ministério da Saúde
para fornecimento de 1,8 milhão de implantes subdérmicos de etonogestrel
ao SUS até o fim de 2026 e a determinação da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) para que as operadoras privadas de planos de saúde
ofereçam o produto a todas as suas pacientes adultas com idade entre 18 e
49 anos — obrigação que entrou em vigor em 1º de setembro.
O carro-chefe desse avanço é o implante subdérmico de etonogestrel da
marca, considerado o contraceptivo com maiores taxas de eficácia
(99,95%), superior até a da laqueadura. Levando-se em conta só o mercado
público de LARCs, a farmacêutica já é a líder isolada no segmento, com
market share de cerca de 80%.
“Estamos muito animados com as perspectivas que se abriram em um mercado
que registra uma clara tendência de crescimento e se ampliou bastante
com estes movimentos da ANS e do Ministério da Saúde. Considerando os
volumes contratados pelo SUS, estimamos atender a mais 2 milhões de
pessoas superando as nossas expectativas com apenas quatro anos de
operação no país. O atual cenário nos leva a acreditar que manteremos
este desempenho, com crescimento significativo de vendas na área de
saúde feminina em 2026”, explica o CEO da Organon Brasil, Ricardo
Lourenço.
Desde 2021, o primeiro ano de atuação da Organon no país, a procura pelo
produto aumentou em dez vezes, de aproximadamente 70 mil unidades por
ano para 780 mil previstas em 2025.
“Existe um aumento de conscientização entre as mulheres a partir da
adoção de políticas públicas visando ao planejamento familiar e à saúde
reprodutiva, e de campanhas feitas pelo próprio setor, como as que
desenvolvemos aqui. Esse desafio aumenta a nossa responsabilidade para
reverter uma dura realidade, que é a da maternidade precoce e
não-planejada", conta a diretora de relações institucionais da Organon,
Tássia Ginciene.
Brasil tem 55,4% de gestações não planejadas
A executiva se refere à taxa estimada de 55,4% de gestações não
planejadas no país e à alta incidência de maternidade precoce entre
meninas e adolescentes de 10 a 19 anos, com cerca de 300 mil partos por
ano, com reflexos na evasão escolar e na vida profissional das mulheres.
Ao todo, 19,4% dos casos ocorrem na Região Norte.
“A adoção do implante subdérmico de etonogestrel pelo SUS e pelos planos
de saúde é muito importante porque universaliza o acesso em nosso país,
onde as taxas de maternidade precoce e gestações não planejadas são
muito altas. Os seus efeitos são sérios e duradouros para a vida toda,
pois um quinto delas abandona a escola e se submete a subempregos,
principalmente nas camadas sociais mais baixas, perdendo a chance de
romper com um estado de pobreza familiar e de obter um futuro melhor,
como vemos principalmente no Norte", completa Tássia Ginciene.
Destaque nos mercados emergentes
Responsável por 9% do faturamento de US$ 2,07 bilhões da multinacional
nos mercados emergentes, a Organon também pretende duplicar a produção
da sua fábrica em Campinas (SP) com aumento de parcerias para
terceirização. "A terceirização na nossa linha de produção é um novo
filão que pretendemos explorar a fim de aumentar a eficiência
operacional do negócio, diluindo custos fixos e gerando novos ganhos
financeiros. Esta é uma outra frente que reforçará ainda mais a nossa
competitividade no mercado, garantindo sustentabilidade a longo prazo",
explica o diretor-executivo de operações, Juliano Pedroso.
Atualmente, a fábrica de Campinas atende ao mercado latino-americano,
produzindo para Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Peru,
Bolívia e Equador, além da América Central.
Imagens de divulgação
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