ILPF revoluciona a agropecuária brasileira de forma sustentável
A diversificação das atividades na mesma área, além dos benefícios ao meio ambiente, ainda gera vantagens econômicas ao produtor
A
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem se difundido a cada ano
como uma estratégia de produção para o agronegócio brasileiro.
Promovendo a sustentabilidade e a diversificação produtiva em uma única
área, esse sistema, em plena expansão, oferece benefícios econômicos,
ambientais e sociais, transformando a maneira como o produtor lida com o
uso da terra.
Segundo
Marina Lima, zootecnista e técnica de sementes e sustentabilidade da
Soesp (Sementes Oeste Paulista), o sucesso na implantação da ILPF começa
com um planejamento rigoroso: "O primeiro passo é fazer um levantamento
completo da área, analisando as características do solo, o clima da
região onde se pretende implantar o sistema e a vocação da fazenda.
Feito isso, inicia-se a escolha dos componentes que melhor se adaptam à
propriedade, suas respectivas finalidades, como e quando serão feitos os
plantios e as colheitas. Não existe uma receita única, cada propriedade
tem suas particularidades e o modelo precisa ser ajustado para essas
condições", explica.
Múltiplos ganhos
A
sinergia entre as culturas na ILPF resulta em um sistema que
potencializa os recursos e aumenta a produtividade. A lavoura enriquece o
solo com matéria orgânica e nutrientes, beneficiando as pastagens e,
consequentemente, a pecuária. "A floresta, por exemplo, além de gerar
uma renda futura com a venda de madeira para o mercado, proporciona
sombra e conforto térmico para os animais, aumentando o tempo de pastejo
e reduzindo o consumo de água", pontua a especialista. De acordo com um
estudo realizado na Embrapa Pecuária Sudeste, os animais mantidos na
ILPF apresentaram redução de 23% na procura por bebedouros em relação
aos animais que estavam em pleno sol.
Além
dos benefícios imediatos, a correta implantação do sistema ILPF
contribui para a mitigação dos impactos ambientais, como a conservação
do solo e a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), por
meio do sequestro de carbono no solo e nas árvores. Em estudo realizado
na Embrapa Agrossilvipastoril, foi observado em 4 anos, que os sistemas
integrados com árvores podem sequestrar de 15,9 a 20,4 Mg CO2eq/ha/ano.
Além disso, o sequestro de carbono no solo ressalta sua importância como
sumidouro de carbono, sendo observado neste mesmo estudo um estoque de
40,5 a 56,4 Mg CO2eq/ha durante quatro anos. A presença contínua da
pastagem dos animais nos sistemas integrados contribuiu para o maior
sequestro de carbono no solo.
A
cobertura das áreas com forragem e o microclima criado pelas árvores
ajudam especialmente em períodos de seca. "A ILPF, além de conservar o
solo, reduz a temperatura com a palhada das forrageiras, descompacta e
aumenta a infiltração e retenção de água pelas raízes das plantas", diz a
profissional.
Em
relação ao mercado, a prática desse sistema se destaca como um
diferencial competitivo, já que os consumidores estão cada vez mais
atentos à sustentabilidade dos produtos que consomem. Aqueles oriundos
de sistemas integrados, certificados e com práticas de baixo impacto
ambiental têm potencial para alcançar preços mais elevados e conquistar
clientes que priorizam a sustentabilidade. A demanda por carne carbono
neutro, soja sustentável e madeira certificada é uma tendência que
posiciona a ILPF como uma estratégia economicamente vantajosa.
Desafios
Com os
benefícios, também vem uma maior complexidade. O sistema exige
capacitação contínua do produtor, um bom investimento inicial e
necessidade de monitoramento constante das espécies e dos solos. A
adoção de tecnologias pode facilitar, como drones, sensores e softwares
de gestão agrícola. Estes itens auxiliam na tomada de decisões e reduzem
riscos.
Incentivos
É
importante destacar que a expansão da ILPF no Brasil conta com o apoio
de políticas públicas e programas de incentivo, como o Plano ABC
(Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que subsidiam iniciativas
sustentáveis. Certificações como a Carne Carbono Neutro (CCN),
desenvolvida pela Embrapa, validam as práticas do sistema e agregam
valor ao produto final, fomentando o mercado de produtos de origem
sustentável.
O planejamento da ILPF deve envolver também a seleção dos insumos. A Soesp, por exemplo, não só produz e comercializa sementes de pastagem de alta qualidade
como também integra a Rede ILPF, uma associação formada por empresas
privadas e a Embrapa, com objetivo de ampliar as áreas de ILPF no
Brasil. Acompanhe pesquisas, eventos, capacitações e difusão tecnológica
para modelos produtivos sustentáveis: instagram.com/redeilpf
Sobre
A
Sementes Oeste Paulista (Soesp) está sediada em Presidente Prudente (SP)
e, desde 1985, atua no mercado oferecendo sementes de pastagem. Sua
matriz conta com infraestrutura voltada à produção, beneficiamento,
comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para a
pecuária como para a agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu
a tecnologia Soesp Advanced, que revolucionou o mercado de sementes
forrageiras nos países de clima tropical, trazendo diversos benefícios
no plantio e estabelecimento dos pastos, além de se adequar
perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
Siga @sementesoesp no Instagram.
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Kassiana Bonissoni
Gerente de atendimento
kassiana.ruralpress@gmail.com
(19) 98320-0286
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