
COM O TEMA "ENTRE RAÍZES E HORIZONTES", FESTIVAL CELEBRA DIREITOS HUMANOS COM FILMES, APRESENTAÇÃO MUSICAL, EXPOSIÇÃO, ENCONTROS E DEBATES
* gratuito, evento acontece de 10 a 15 de dezembro
* Davi Kopenawa e Lima Duarte são os homenageados desta edição
*
na programação, filmes inéditos comercialmente, performance musical,
debates e encontros, além de uma exposição sobre a ditadura chilena
* debate reúne filhos de Rubens e Eunice Paiva e de Vladimir e Clarice Herzog
*
festival tem como locais Centro Cultural São Paulo, Centro MariAntonia
da USP, Cine Nave, Cine Olido, Cinemateca Brasileira, Espaço Augusta de
Cinema, Ocupação 9 de Julho e Sesc Vila Mariana
* uma realização do Instituto Vladimir Herzog e da Criatura Audiovisual, a iniciativa tem patrocínio da CAIXA
Um
encontro com o xamã e liderança Yanomami Davi Kopenawa, exibição de
longas-metragens brasileiros ainda inéditos comercialmente, uma
homenagem ao ator Lima Duarte, a exposição “Memórias encontradas: entre
a solidariedade e a perseguição”, que inclui debate com filhos de
Rubens e Euníce Paiva e de Vladimir e Clarice Herzog, e uma maratona
musical em uma ocupação no centro paulistano com o DJ KL Jay e os blocos
Filhos de Gil e Ritaleena.
Estes são alguns destaques da programação do 4º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos,
que acontece de 10 a 15 de dezembro na cidade de São Paulo e na
plataforma de streaming Sesc Digital, acessível em todo o país.
Com
todas as atividades gratuitas, este ano o festival ocupa os seguintes
espaços culturais paulistanos: Centro Cultural São Paulo, Centro
MariAntonia da USP, Cine Nave, Cine Olido, Cinemateca Brasileira, Espaço
Augusta de Cinema, Ocupação 9 de Julho e Sesc Vila Mariana.
O
evento celebra os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
estabelecida em 10 de dezembro, e seu objetivo é divulgar e discutir,
através de manifestações artísticas, as diversas temáticas relacionadas
aos direitos humanos.
Com
o tema "Entre Raízes e Horizontes", a proposta desta edição é tratar
das ligações entre o que nos define historicamente e as possibilidades
de projetar o futuro.
O 4º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos é uma realização do Instituto Vladimir Herzog e da Criatura Audiovisual, o evento tem patrocínio da CAIXA.
cerimônia de abertura
Agendada
para o dia 10/12, terça-feira, às 19h00, no Sesc Vila Mariana, a
cerimônia de abertura do evento tem como principal atração a exibição
de “Malês”,
longa-metragem brasileiro ainda inédito no circuito comercial. Dirigida
pelo ator Antonio Pitanga, a obra se passa durante aquela que é
considerada como a maior insurreição de escravizados da história do
Brasil: a Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 em Salvador, na Bahia. No
elenco destacam-se Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Samira Carvalho e
Patricia Pillar, além do próprio diretor do filme.
debate com filhos de Eunice e Rubens Paiva e Clarice e Vladimir Herzog
Em
13/12, sexta-feira, às 18h30, acontece o debate “Heroínas dessa
História", agendado para o Centro MariAntonia da USP. A data marca o
anúncio, em 1968, do Ato Institucional nº 5 (AI-5), um dos atos mais
duros da ditadura militar, que marcou o início dos chamados "anos de
chumbo" no Brasil.
O
encontro reúne a professora Vera Paiva e Ivo Herzog, presidente do
conselho do Instituto Vladimir Herzog, ambos filhos de símbolos da luta
contra o regime militar brasileiro. Vera Paiva, interpretada no filme
“Ainda Estou Aqui” pelas atrizes Valentina Herszage e Maria Manoella, é
filha do engenheiro e político assinado nos porões da ditadura militar
Rubens Paiva (1929-1971) e da advogada Eunice Paiva (1929-2918) – estes,
vividos no mesmo longa, respectivamente, por Selton Mello e por
Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Já Ivo Herzog é filho do
jornalista, professor e dramaturgo Vladimir Herzog (1937-1975),
assassinado nas instalações do DOI-CODI, em São Paulo, e de Clarice Herzog,
publicitária e liderança de um movimento que colocou em xeque e cobrou
investigação da versão do Exército a respeito da morte de seu marido.
O
debate vai partir do livro “Heroínas dessa História” (2020, Autêntica
Editora), uma produção do Instituto Vladimir Herzog que conta a história
de 15 mulheres em busca de memória, verdade e justiça. Eunice Paiva e a
Clarice Herzog são retratadas na obra.
A
mediação está a cargo da jornalista Tatiana Merlino, uma das
organizadoras da publicação. O encontro é parte das atividades de
abertura da exposição “Memórias Encontradas: entre a solidariedade e a
perseguição”. (veja abaixo)
homenagem a Davi Kopenawa
Davi Kopenawa é um dos homenageados nesta edição do 4º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos. No dia 12/12, quinta-feira, a partir das 20h30, o Centro Cultural São Paulo recebe o xamã e liderança do povo Yanomami, vencedor do Prêmio Right Livelihood e da Ordem do Mérito Cultural, para um encontro intitulado “Defender os Sonhos”. Conhecido
mundialmente por sua luta em defesa dos povos indígenas e da floresta
amazônica, além de ser coautor do livro "A queda do céu: palavras de um
xamã Yanomami", Davi Kopenawa irá dialogar com o público presente sobre a
importância dos sonhos, da cultura e do mundo sensível para a defesa da
vida.
Antes, às 16h30, no mesmo local, é exibido o longa-metragem “A Última Floresta” (2021),
de Luiz Bolognesi, obra vencedora do prêmio do público da seção
Panorama no Festival de Berlim e da qual Davi Kopenawa participa e é
corroteirista.
Às 18h30 é a vez de “A Queda do Céu” (2024), longa-metragem
baseado nas palavras de Davi Kopenawa que retrata a comunidade watoriki
durante o importante ritual funerário reahu, um esforço coletivo para
segurar o céu. Selecionada para o Festival de Cannes, o longa-metragem,
inédito no circuito comercial, acumula prestigiosas premiações: melhor
direção de documentário no Festival do Rio; grande prêmio do júri da competição Kaleidoscope no DOC NYC, maior festival de documentários dos Estados Unidos; melhor
documentário internacional no Festival de Guanajuato (México); e prêmio
especial do júri no Festival de Documentários DMZ (Coreia do Sul). Os
diretores do filme, Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, também participam do encontro com Davi Kopenawa.
homenagem a Lima Duarte
Filme de rara circulação, “Corpo em Delito”,
de 1990, focaliza um médico legista que presta serviços aos órgãos de
repressão política, forjando laudos de morte natural para massacrados
pela tortura praticada nos porões da ditadura militar. Homenageado pelo
festival, Lima Duarte, que interpreta o protagonista do longa, apresenta
a sessão que acontece na Cinemateca Brasileira em 11/12, às 19h30.
Dirigido por Nuno César de Abreu (1948-2016), a obra tem no elenco nomes
como Regina Dourado, Dedina Bernardelli, Fernando Amaral, Delta Araujo,
Renato Borghi, Edyr de Castro, Carlos de Jesus, Álvaro Freire, Wilson
Grey, José Marinho e Dira Paes.
música na Ocupação 9 de Julho
No encerramento de sua quarta edição, o DH Fest - Festival de Cultura em Direitos Humanos apresenta
uma programação especial em 15 de dezembro, domingo, com um dia inteiro
dedicado à música e à solidariedade na Ocupação 9 de Julho, na região
central da cidade de São Paulo.
A
maratona começa com o tradicional almoço da Cozinha da Ocupação, em
parceria com MTSC e o projeto Lute Como Quem Cuida, que a partir das
arrecadações do almoço disponibiliza marmitas a pessoas em situação de
vulnerabilidade. A partir das 15h, a Ocupação recebe um trio elétrico
com programação musical, trazendo apresentações de artistas como o Bloco Filhos de Gil, o Bloco Ritaleena e o DJ KL Jay, entre outros.
Além
da música, no local está prevista uma feira de produtos artesanais dos
moradores da Ocupação 9 de Julho e um ponto de arrecadação de alimentos
não perecíveis e roupas, a serem doados para iniciativas que apoiam
pessoas em vulnerabilidade social.
debate "Mover as palavras-flecha"
Agendado para o dia 14/12, sábado, às 17h30, o debate "Mover as palavras-flecha" conta
com a participação dos artistas musicais Thiago Elniño e Brisa Flow. A
mediação é da escritora Mel Duarte. No encontro, os artistas partem de
símbolos presentes em suas obras, dialogando com ancestralidades e
saberes afro-indígenas, para discutir o papel da música e da arte na
defesa da vida, da dignidade e dos direitos humanos.
O rapper Thiago Elniño é
destaque da nova cena do hip hop brasileira. Com originalidade, suas
músicas abordam questões raciais e sociais no contexto urbano,
principalmente através de rimas maravilhosamente alinhadas com sua
capacidade de brincar com as palavras.
Brisa
de la Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow, é cantora, musicista,
compositora, poeta, performer, produtora musical, ativista e uma das
principais expoentes do futurismo indígena no Brasil.
Mel Duarte é uma escritora, poeta, slammer e produtora cultural brasileira. Seu mais recente livro de poesia, “Colmeia - poemas reunidos”, foi lançado em 2021 pela Editora Philos.
exposição “Memórias Encontradas: entre a solidariedade e a perseguição”
Documentos dos perseguidos na ditadura de Augusto Pinochet no Chile, a partir de 1973, fazem parte da exposição “Memórias Encontradas: entre a solidariedade e a perseguição”,
com inauguração em 13/12, sexta-feira, a partir das 16h00, no Centro
MariAntonia da USP. Em cartaz até 30 de março de 2025, a exposição traz a
história de homens e mulheres que, no golpe de Augusto Pinochet - 11 de
setembro de 1973 - ingressaram na Embaixada da Argentina, em Santiago
do Chile, em busca de refúgio. Os perseguidos incluíam muitos
brasileiros e brasileiras que também não puderam regressar ao Brasil.
“Memórias Encontradas: entre a solidariedade e a perseguição” também
ressalta a solidariedade de organizações e igrejas que salvaram vidas.
Por sua vez, a artista brasileira Fulvia Molina apresenta instalação com
as 434 vítimas citadas no Relatório da Comissão Nacional da Verdade no
Brasil.
No
evento de abertura da exposição estão previstas diferentes atividades,
como a exibição do filme “Memória e Exílio”, de Silvio Tendler, e um
debate sobre o livro “Heroínas dessa História”.
filme premiado no Festival de Cannes
Vencedor do prêmio de melhor ator na Semana da Crítica do Festival de Cannes 2024, “Baby” narra
a história de um jovem sem rumo nas ruas de São Paulo que encontra um
homem mais velho e novas maneiras de se sustentar. Ainda inédito
comercialmente, a produção conquistou ainda os prêmios de melhor filme
no Festival do Rio e de melhor interpretação no Festival MixBrasil de
Cultura da Diversidade. A sessão acontece em 13/12, às 19h00, no Cine
Nave, no bairro paulistano do Cambuci.
“As Polacas” no Clube do Professor
Simultaneamente à sua estreia em salas comerciais, o longa “As Polacas” é
atração de uma sessão especial fruto de uma parceria do com o Clube do
Professor, projeto do Espaço Augusta de Cinema que promove exibições
semanais gratuitas para educadores. A sessão, agendada para 14/12, às
11h00, será aberta ao público em geral.
O
enredo do filme conta a saga da polonesa Rebeca, fugindo da perseguição
aos judeus e dos horrores da guerra e da fome na Europa, chega ao
Brasil para reencontrar o marido e iniciar uma nova vida. Porém, ao
contrário das promessas de felicidade, a realidade que encontra no Rio
de Janeiro é completamente diferente.
A
produção percorreu festivais nacionais e internacionais, tendo recebido
os prêmios de melhor diretor para João Jardim e melhor atriz para
Valentina Herszage e Dora Freind no Festival de Punta del Leste
(Uruguai). Caco Ciocler foi premiado como melhor ator no FESTin, em
Lisboa, enquanto o som e música do longa foram laureados no Festival de
Cine Latino de Oklahoma (EUA).
“Os Afro-sambas: O Brasil de Baden e Vinicius”: primeira exibição em SP
Inédito comercialmente, “Os Afro-sambas: O Brasil de Baden e Vinicius” ganha
sua primeira projeção em telas paulistanas durante o festival. O filme
conta, em diferentes dimensões, a história de um dos mais cultuados
discos brasileiros: “Os Afro-sambas”, de 1966. Participantes da gravação
original, críticos, amigos dos músicos e seus familiares revivem a
criação dessa obra-prima. Filmada entre Salvador e Rio de Janeiro, a
produção reúne também imagens de arquivo em histórias que iluminam uma
obra que mudou para sempre a música brasileira e mundial. O diretor do
longa Emílio Domingos tem no currículo “Black Rio! Black Power!” e “Chic
Show”, entre outros.
curtas-metragens no Cine Olido
Uma
sessão composta por seis curtas-metragens brasileiros inéditos está
programada no Cine Olido, no Centro Histórico de São Paulo, em 14/12, às
14h00. Abordando diferentes aspectos relacionados aos direitos humanos,
os filmes selecionados são “Fluxo”, de Filipe Barbosa; “A Fumaça e o Diamante”, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida; “Utopia Muda”, de Julio Matos; “Meu Amigo Pedro MIXTAPE”, de Lincoln Péricles; “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar; e “André Hullk: Arte e Ancestralidade”, de João Coelho e Rodrigo Duarte.
plataforma Sesc Digital
Oito curtas-metragens da programação do ficam disponibilizados de 10 a 22 de dezembro pela plataforma Sesc Digital [https://sesc.digital/], de acesso gratuito.
Fazem parte da seleção “Bença”, de Mano Cappu, “Caiçara Futurista”, de Debora Bergamini, “Engole o Choro”, de Fabio Rodrigo, “Expresso Parador”, de JV Santos, “Lagrimar”, de Paula Vanina, “Nosso Panfleto Seria Assim”, de Leandro Olimpio, “O Silêncio Elementar”, de Mariana de Melo, e “Pequenas Insurreições”, de William de Oliveira.
PROGRAMAÇÃO
10 a 22/12
Sesc Digital (https://sesc.digital/)
“Bença” (15 min) – Mano Cappu
“Caiçara Futurista” (10 min) – Debora Bergamini
“Engole o Choro” (12 min) – Fabio Rodrigo
“Expresso Parador” (25 min) – JV Santos
“Lagrimar” (14 min) – Paula Vanina
“Nosso Panfleto Seria Assim” (25 min) – Leandro Olimpio
“O Silêncio Elementar” (15 min) – Mariana de Melo
“Pequenas Insurreições” (13 min) – William de Oliveira
10/12, terça-feira
Sesc Vila Mariana (rua Pelotas 141, Vila Mariana - São Paulo)
19h00 – cerimônia de abertura
“Malês” (113 min) – Antonio Pitanga
11/12, quarta-feira
Cinemateca Brasileira (largo Sen. Raul Cardoso 207, Vila Clementino - São Paulo)
19h30 – “Corpo em Delito” (90 min) – Nuno Cesar de Abreu
12/12, quinta-feira
Centro Cultural São Paulo – Sala Lima Barreto (rua Vergueiro 1000, Liberdade - São Paulo)
16h30 - “A Última Floresta” (77 min) - Luiz Bolognesi
18h30 - “A Queda do Céu” (108 min) - Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
20h30 – encontro “Defender os Sonhos”, com Davi Kopenawa; participação: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
13/12, sexta-feira
Centro MariAntonia da USP (rua Maria Antônia 294, Vila Buarque – São Paulo)
16h00 – abertura da exposição “Memórias Encontradas: entre a solidariedade e a perseguição”
18h30 – encontro “Heroínas dessa História”, com Vera Paiva e Ivo Herzog, com mediação de Tatiana Merlino
Cine Nave (rua José Bento 106, Cambuci - São Paulo)
19h00 - “Baby” (106 min) – Marcelo Caetano
14/12, sábado
Espaço Augusta de Cinema (rua Augusta 1475, Consolação – São Paulo)
11h00 - “As Polacas” (124 min) – João Jardim
Cine Olido (av. São João 473, Centro Histórico - São Paulo)
14h00 - “Fluxo” (14 min) – Filipe Barbosa
“A Fumaça e o Diamante” (6 min) – Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida
“Utopia Muda” (20 min) – Julio Matos
“Meu Amigo Pedro MIXTAPE” (9 min) - Lincoln Péricles
“O Nome da Vida” (13 min) – Amanda Pomar
“André Hullk: Arte e Ancestralidade” (15 min) – João Coelho e Rodrigo Duarte
16h00 - “Os Afro-sambas: O Brasil de Baden e Vinicius” (93 min) - Emílio Domingos
17h30 - debate "Mover as palavras-flecha", com Thiago Elniño, Brisa Flow e Mel Duarte
15/12, domingo
Ocupação 9 de Julho (rua Álvaro de Carvalho 427, Bela Vista - São Paulo)
12h30 - almoço Cozinha da Ocupação 9 de Julho, feira de produtos artesanais e arrecadação de alimentos não perecíveis e roupas
15h00 - Bloco Filhos de Gil, Bloco Ritaleena e DJ KL Jay, entre outros
serviço
4º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos
http://dhfest.art.br/
10 a 15 de dezembro de 2024 (terça-feira a domingo)
gratuito
locais:
Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro 1000, Liberdade - São Paulo)
Centro MariAntonia da USP (rua Maria Antônia 294, Vila Buarque - São Paulo)
Cine Nave (rua José Bento 106, Cambuci - São Paulo)
Cine Olido (av. São João 473, Centro Histórico - São Paulo)
Cinemateca Brasileira (largo Sen. Raul Cardoso 207, Vila Clementino - São Paulo)
Espaço Augusta de Cinema (rua Augusta 1475, Consolação - São Paulo)
Ocupação 9 de Julho (rua Álvaro de Carvalho 427, Bela Vista - São Paulo)
Sesc Vila Mariana (rua Pelotas 141, Vila Mariana - São Paulo)
realização
Instituto Vladimir Herzog
Criatura Produções
patrocínio
CAIXA
parcerias
Centro Cultural São Paulo
Centro MariAntonia da USP
Cinemateca Brasileira
Sesc SP
Ocupação 9 de Julho
apoio
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
Clube do Professor
Cine Nave
Informações para a imprensa:
ATTi Comunicação e Ideias - Eliz Ferreira e Valéria Blanco - (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
Instituto Vladimir Herzog - lucasbarbosa@vladimirherzog.org
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DADOS SOBRE OS FILMES
LONGAS-METRAGENS
“A Queda do Céu” (Brasil-RJ-SP/Itália/França, 2024, 108 min) - Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
Baseado
nas palavras poderosas do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme
retrata a comunidade watoriki durante o importante ritual funerário
reahu, um esforço coletivo para segurar o céu. O filme funciona como uma
contundente crítica xamânica ao garimpo ilegal e à mistura mortal de
epidemias trazidas pelos forasteiros, chamadas de “xawara”. Colocando em
primeiro plano a beleza da cosmologia yanomami e dos espíritos xapiri,
além de destacar sua força geopolítica, o longa nos convida a sonhar
longe.
“A Última Floresta” (Brasil-SP, 2021, 77 min) – Luiz Bolognesi
Em
imagens poderosas, alternando entre observação documental e sequências
encenadas e densas paisagens sonoras, Luiz Bolognesi documenta a
comunidade indígena Yanomami e descreve seu ambiente ameaçado na
floresta tropical amazônica.
“As Polacas” (Brasil-RJ, 2023, 124 min) – João Jardim
1917.
Fugindo da fome e da guerra na Polônia, Rebeca chega ao Brasil para
reencontrar o marido e iniciar uma nova vida. Porém, ao contrário das
promessas de felicidade, a realidade que ela encontra no Rio de Janeiro é
completamente diferente. Rebeca descobre que o marido faleceu e acaba
refém de uma grande rede de prostituição e tráfico de mulheres, chefiada
pelo impiedoso Tzvi. Mesmo transgredindo suas próprias crenças, ela
encontra aliadas que vivem o mesmo drama e, juntas, lutarão por
liberdade. Com Valentina Herszage, Caco Ciocler, Dora Freind, Amaurih
Oliveira, Otávio Muller, Clarice Niskier e Anna Kutner.
“Baby” (Brasil-SP/França/Países Baixos, 2024, 106 min) – Marcelo Caetano
Após
ser liberado de um centro de detenção juvenil, Wellington, 18 anos, se
vê sozinho e perdido nas ruas de São Paulo, sem nenhum contato com os
pais ou recursos para reconstruir a vida. Ele encontra Ronaldo, um homem
maduro que lhe ensina novas formas de sobrevivência. Gradualmente, a
relação entre os dois se transforma em uma paixão conflituosa. Com João
Pedro Mariano, Ricardo Teodoro, Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer,
Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea e Patrick Coelho.
“Corpo em Delito” (Brasil-SP, 1990, 90 min) – Nuno Cesar de Abreu
Nas
décadas de 1960/70, o Dr. Athos Moreira Brasil é um médico legista,
frio e solitário, que presta serviços aos órgãos de repressão política,
forjando laudos de morte natural para massacrados pela tortura praticada
nos porões da ditadura militar. Ele se apaixona por Tana Divino,
sensual, mística e amorosa, que trabalha numa casa noturna fazendo
dublagens de cantoras. Com Lima Duarte, Regina Dourado, Dedina
Bernardeli, Fernando Amaral, Delta Araujo, Renato Borghi, Edyr de
Castro, Carlos de Jesus, Alvaro Freire, Wilson Grey, José Marinho e Dira
Paes.
“Malês” (Brasil-RJ, 2024, 113 min) – Antonio Pitanga
O
filme retrata uma jornada de resistência e coragem, ambientada na
vibrante Salvador de 1835. Durante seu casamento, dois jovens muçulmanos
são arrancados de sua terra natal na África e vendidos como escravos no
Brasil. Separados pelo destino cruel, ambos lutam para sobreviver e se
reencontrar, enquanto se veem envolvidos na maior insurreição de
escravizados da história do Brasil: a Revolta dos Malês. Com Camila
Pitanga, Rocco Pitanga, Antonio Pitanga, Samira Carvalho, Patricia
Pillar, Edvana Carvalho e Bukassa Kabenguele.
“Memória e Exílio” (Brasil-RJ, 2023, 19 min) – Silvio Tendler
Filmado no Chile em setembro de 2023, durante os eventos em torno dos 60 anos do golpe militar chileno.
“Os Afro-sambas: O Brasil de Baden e Vinicius” (Brasil-RJ, 2024, 93 min) - Emílio Domingos
O
filme conta, em diferentes dimensões, a história de um dos mais
cultuados discos brasileiros: “Os Afro-sambas”, de 1966. Participantes
da gravação original, críticos, amigos dos músicos e seus familiares
revivem a criação dessa obra-prima. Filmado entre Salvador e Rio de
Janeiro, o filme reúne também imagens de arquivo em histórias que
iluminam uma obra que mudou para sempre a música brasileira e mundial.
CURTAS-METRAGENS
“A Fumaça e o Diamante” (Brasil-DF, 2023, 6 min) – Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida
Em
outubro de 2016, três meses após o impeachment de Dilma Rousseff,
acontecia na aldeia Catrimani (Terra Indígena Yanomami-AM/RR) a 8ª
Assembleia da Associação Hutukara. No início da noite, uma intensa
fumaça toma a aldeia enquanto acompanhamos o reencontro de uma família
Yanomami no pátio central.
“André Hullk: Arte e Ancestralidade” (Brasil-SP, 2024, 15 min) – João Coelho e Rodrigo Duarte
Documentário
que acompanha o trabalho com grafite de André Hullk, artista urbano
conhecido como Hulk Manauara, nascido no Amazonas.
“Bença” (Brasil-PR, 2023, 15 min) – Mano Cappu
Na
cadeia, a visita é sagrada. Antônio está ansioso para ver sua esposa,
Vera. Entretanto, ao caminhar rumo ao pátio de visita, seu mundo começa a
ruir ao ver saindo de uma das celas Rodrigo, seu filho. As relações
paternas entre pai e filho são como um campo seco e sem vida.
“Caiçara Futurista” (Brasil-SP, 2024, 10 min) – Debora Bergamini
Ao
som de "Na Pedra de Uma Costeira" e "Carimbó Caiçara", músicas do
artista Fidura Cardial, de Ilhabela (SP), o filme segue um caiçara à
beira-mar que, encantado por uma sereia, embarca em sua canoa em busca
da mulher de rabo de baleia. Enquanto rema, ele encontra criaturas
fantásticas que acompanham sua jornada. Após chegar a uma praia remota,
ele descobre uma festa onde as tradições caiçaras se entrelaçam com o
futuro.
“Engole o Choro” (Brasil-SP, 2023, 12 min) – Fabio Rodrigo
Na
periferia de São Paulo, Anderson, de 17 anos, furta a moto do pai. Ele
quer se tornar um homem dando um basta em anos de exclusão e rejeição,
mas baterá de frente com o que nunca foi ensinado a lidar: seus
sentimentos.
“Expresso Parador” (Brasil-RJ, 2023, 25 min) – JV Santos Riofilme
No
Rio de Janeiro, pior sistema de transporte público do mundo, uma atriz
negra de 30 anos cruza a cidade num ônibus. Ela precisa fazer um teste
para uma novela, um bico de teatro infantil e ainda estrear seu
espetáculo como protagonista no lado oposto da cidade. Durante a viagem,
um encontro inusitado bagunça passado, presente e futuro.
“Fluxo” (Brasil-SP, 2023, 14 min) – Filipe Barbosa
Fábio
de 22 anos, jovem negro da Cidade Tiradentes, se reconecta com seu
passado através de um baile funk com amigos. Durante o caminho, ele
enfrenta desafios internos e externos, que o fazem confrontar seus
sentimentos após o término de um relacionamento amoroso.
“Lagrimar” (Brasil-RN, 2024, 14 min) – Paula Vanina
Sozinha
e rodeada pela seca, Joana é uma menina que vive em busca de água. Sua
jornada deixa de ser solitária e ganha novo significado quando um
inesperado e enigmático encontro acontece.
“Meu Amigo Pedro MIXTAPE” (Brasil-SP, 2023, 9 min) - Lincoln Péricles
O
diretor revisita memórias registradas desde as primeiras câmeras e
microfones a que teve acesso, construindo um filme em formato Mixtape de
Rap, misturando sons e imagens do cinema brasileiro e desnaturalizando
as imagens de trabalho.
“Nosso Panfleto Seria Assim” (Brasil-SP, 2024, 25 min) – Leandro Olímpio
Eu, meu amigo sindicalista, a Petrobras e o Brasil.
“O Nome da Vida” (Brasil-MG/SP, 2024, 13 min) – Amanda Pomar
Filme
baseado na biografia de Wladimir Pomar, militante comunista preso em
1976 durante a operação militar conhecida como o Massacre da Lapa.
“O Silêncio Elementar” (Brasil-MG, 2024, 15 min) – Mariana de Melo
Em
Minas Gerais, em meio a mineração, desdobra-se uma narrativa sobre o
silêncio deixado pela extração mineral. Na cidade de Divinópolis, a
sirene anuncia o início do dia das siderúrgicas. Em Itabira, trens levam
o minério e junto dele as serras mineiras. Materiais de arquivo,
imagens ficcionais e documentais se entrelaçam revelando as marcas que a
mineração deixa nas paisagens e nas identidades.
“Pequenas Insurreições” (Brasil-PR, 2023, 13 min) – William de Oliveira
Em
uma sala de espera de uma agência de babás, um grupo de mulheres
compartilha experiências, reflete sobre suas vidas e decide firmar um
pacto.
“Utopia Muda” (Brasil-SP, 2023, 20 min) – Julio Matos
A
democratização dos meios de comunicação a partir da história da Rádio
Muda, a mais longeva rádio livre que desafiou o sistema para defender a
liberdade de expressão.
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