Especialista alerta para a crescente de casos de infarto entre as mulheres
Nesta
quinta-feira, 29, comemora-se mundialmente o Dia do Coração, data
instituída para a conscientização sobre os riscos das doenças
cardiovasculares, considerada a principal causa de mortes no mundo,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos
oito primeiros meses deste ano, de janeiro a agosto, já foram
contabilizados pelo Cardiômetro, plataforma da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, mais de 299 mil mortes em decorrência de problemas no
coração. A organização estima que até o final de 2022 esse número chegue
a 400 mil óbitos.
São
mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5
minutos. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que
aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as
todas as causas externas, acidentes e violência, 3 vezes mais que as
doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo
a AIDS.
Alguns
desses quadros podem ser evitados ou postergados com cuidados
preventivos e medidas terapêuticas. O alerta, a prevenção e o tratamento
adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem
reverter essa grave situação, especialmente para as mulheres, grupo que
temos observado uma crescente de casos atualmente. Mas, os homens
lideram ainda os números, segundo a médica cardiologista do Emilio
Ribas, doutora Eveline Barroso Aragão.
“Está
havendo um aumento no número de mulheres com infarto e AVC, devido à
sua maior exposição aos fatores de risco como hipertensão, diabetes,
idade avançada, tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo, estresse e
obesidade e pelo próprio envelhecimento da população. Os hormônios
femininos, que têm sua produção drasticamente reduzida após a menopausa,
são fator de proteção contra a aterosclerose”, afirma a cardiologista.
Segundo
a médica Eveline, apenas um terço dos pacientes hipertensos tratados
estão com controle da doença, fora os que recebem o diagnóstico e não
iniciam o tratamento. Além disso, esses pacientes possuem maior taxa de
declínio cognitivo, de problemas de memória e fluência da fala quando a
pressão arterial está descontrolada.
“Diante
disso, podemos dizer que o check-up anual é imprescindível. Medir a
pressão, dosar a glicemia e colesterol além da avaliação clínica em
consulta dos sinais e sintomas cardiológicos são o principal caminho
para evitar as doenças cardiovasculares”, finaliza a médica do Emilio
Ribas.
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