*Por Rodrigo Mokfa, gerente do consórcio SQE Luz
A
relação entre iluminação pública eficiente e o conceito de Cidades
Inteligentes, de maneira simples, se explicaria até pelo sentido literal
do termo. Afinal, os investimentos cada vez mais robustos das
prefeituras em modernização de seus parques de iluminação geram economia
aos cofres públicos, segurança e qualidade de vida à população. Nada
mais inteligente e sensato a se fazer na condição de gestor público,
embora a real conexão entre um e outro exija um pouco mais de
profundidade.
Um
sistema de iluminação pública realmente eficiente é alcançado a partir
da modernização da rede com tecnologia de ponta – aí entra o uso de
luminárias de LED, mais duráveis e econômicas – e do planejamento
competente de manutenção. Isso inclui um esquema permanente de rondas,
bons canais de comunicação com os usuários e os mecanismos de
telegestão, que além de permitir o gerenciamento remoto do sistema,
ligam de fato o setor às chamadas smart cities.
Em
Santa Catarina, a modernização das redes entrou de vez na agenda das
prefeituras. E o gerenciamento remoto da iluminação pública começa a
ganhar corpo em algumas cidades. Em Joinville, por exemplo, com 45% do
parque coberto com tecnologia LED, a cidade conta com 10 mil pontos de
telegestão instalados, mas que ainda não estão em operação. O projeto
aguarda definições que incluem a operação, manutenção e o controle
remoto e em tempo real da infraestrutura de suas redes.
O
sistema de telegestão permite programar o funcionamento das luminárias
em tempo real ou por agendamento de horários, identificar ocorrências de
falhas elétricas e lâmpadas queimadas, além de permitir a regulagem da
intensidade da luz, gerando economia de energia. A ferramenta viabiliza
ainda o monitoramento de tensão e corrente e prevê manutenções com base
na coleta de dados.
Fora
isso, é a chave para automatizar e agregar os mais diversos serviços
que compõem a infraestrutura pública de um município, conectando a
cidade ao cidadão. A comunicação sem fio do sistema remoto forma uma
rede em malha que pode comportar um sistema wi-fi. A partir daí, tem-se o
perímetro urbano conectado por meio do sistema de iluminação pública e
infinitas possibilidades. Portanto, graças à telegestão, pode-se dizer
que a relação entre um e outro é vital. Para as principais smart cities
do mundo, esse foi o início de tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário