Uma
pesquisa elaborada pela Proteção Animal Mundial e realizada pela
Universidade Federal do Paraná (UFPR) revelou que as fazendas de criação
animal industrial intensiva, neste caso de produção de suínos, podem
estar espalhando bactérias resistentes no meio ambiente e colocando a
saúde das pessoas em risco grave. O estudo foi realizado em cinco
cidades do Paraná, segundo maior polo produtor de suínos do Brasil, e
investigou a presença de genes de resistência a antibióticos. Os
resultados seguem o padrão de outras localidades analisadas no mundo e
apontam para a provável contaminação das águas dos rios a partir do
manejo dos dejetos dos animais criados de maneira intensiva. Pesquisas
anteriores foram realizadas na Espanha, EUA, Canadá e Tailândia. O
material coletado mostrou uma presença especialmente grande de genes
resistentes a antibióticos críticos para a saúde humana, como é o caso
da cefalosporina, da ciprofloxacina e da penicilina. O
relatório da pesquisa será lançado nesta terça-feira (7) em evento
sobre o fenômeno da resistência antibacteriana organizado pela Proteção
Animal Mundial e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Estas
duas entidades também vão apresentar um documento com o panorama
ampliado do problema no país e recomendações para autoridades e
profissionais da saúde humana e animal. Estima-se
que infecções hospitalares por bactérias resistentes aos antibióticos
sejam responsáveis por 700 mil mortes em todo o mundo anualmente. Um
estudo encomendado pelo governo do Reino Unido em 2014 mostra que, se
essa tendência se mantiver, esse número aumentará para 10 milhões de
mortes por ano até 2050. Contatos para entrevistas: Proteção Animal Mundial davidmaziteli@worldanimalprotection.org.br Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) imprensa@idec.org.br |
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