MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Obra de Nelson Rodrigues dirigida por Antunes Filho é tema de Coleção e Debate do CPT_SESC

 


Toda Nudez Será Castigada é a décima peça a integrar as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC e 

será rememorada no debate on-line, dia 08 de dezembro, no canal do CPT no YouTube 

Imagem da montagem Toda Nudez Será Castigada | Crédito: Alexandre Nunis 

 

 

Imagens para divulgação: clique aqui 
A partir do dia 06 de dezembro, estará disponível, na plataforma Sesc Digital, a mostra sobre Toda Nudez Será Castigada, oitava montagem rodriguiana dirigida por Antunes Filho, que passa a integrar as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC

 

A peça estreou em 2012, em homenagem ao centenário de nascimento de Nelson Rodrigues e aos 30 anos do Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, espaço de produção, pesquisa e formação de profissionais de teatro. 

 

A coleção é composta por 13 figurinos, 14 fotos de cena de Ed Figueiredo, Bob Sousa, Adalberto Lima e Carlos Sanchez vídeo da peça na íntegra, além de documentos e fotos das montagens que Antunes Filho dirigiu anteriormente: Nelson Rodrigues, O Eterno Retorno (1981) e Nelson 2 Rodrigues (1984).  

Imagem da montagem Toda Nudez Será Castigada | Crédito: Alexandre Nunis 

Toda Nudez Será Castigada  

 

Escrita por Nelson Rodrigues, em 1965, Toda Nudez Será Castigada retrata a história de Herculano, viúvo conservador que perde a mulher e promete ao filho nunca mais se casar. Entretanto, levado por seu irmão a um bordel, conhece e se apaixona pela prostituta Geni, que vai morar com ele e o filho, com quem também se envolve, vivendo um triângulo amoroso. Toda história é narrada pela meretriz, que está morta, mas deixa uma gravação detalhada sobre sua vida.  

 

A peça reúne as provocações de Nelson Rodrigues, como conflitos familiares, paixões exacerbadas, dramas psicológicos e trata de temas como homossexualidade, traição e vingança.  

Para esta montagem, Antunes busca apresentar a essência poética de Nelson Rodrigues e se utiliza de poucos elementos cênicos: uma mesa longa, algumas cadeiras e iluminação, com o foco nos gestos e nas falas dos atores e interpretações baseadas no método desenvolvido por ele ao longo de sua trajetória no CPT. 

Ele trabalha como um maestro, aquela percepção de conjunto e dos atores individualmente — conta a atriz Ondina Clais, a Geni de Toda nudez.  Ele ouve longe. Nos ensaios, dizia que se eu quisesse que determinada palavra soasse como dita por um carioca, teria que mudar a respiração. É esse o nível de detalhamento. 

 

Antunes Filho era um especialista na obra de Nelson Rodrigues encenou diversas peças do dramaturgo, como A Falecida (1965), Bonitinha Mas Ordinária (1974), Nelson Rodrigues, O Eterno Retorno (1981), e no CPT, Nelson 2 Rodrigues (1984), do qual fazia parte a apresentação de Toda Nudez Será CastigadaParaíso Zona Norte (1989), Senhora dos Afogados (2008), A Falecida Vapt Vupt (2009). 

Debate – Um encontro de “Genis” 

 

No dia 08 de dezembro, quarta-feira, às 19h, acontece o debate on-line sobre a montagem Toda Nudez Será Castigada com a participação das atrizes Ondina Clais, Marlene Fortuna e mediação do ator Leonardo Ventura. A apresentação é de Fabricio Ribeiro, Historiador e Pesquisador de Acervo do Sesc Memórias 

 

O debate será um momento para os convidados falarem sobre suas experiências na peça e um encontro entre “Genis”; Marlene Fortuna fez Geni em "Nelson Rodrigues, O Eterno Retorno", de 1981, e em "Nelson 2 Rodrigues", de 1984.  Ondina Clais fez Geni na montagem que dá nome à Coleção, de 2012. 

A transmissão será feita pelo canal do CPT_SESC no YouTube, com tradução em Libras. 

Acervo da Coleção: imagem divulgação 

Décima Coleção na Plataforma Sesc Digital 

 

Toda Nudez Será Castigada (2012) é a décima peça a integrar as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC, juntando-se a Vereda da Salvação (1993), Foi Carmen (2005), Gilgamesh (1995), Antígona (2005), Medeia (2001) e Medeia 2 (2002), Fragmentos Troianos (1999), Xica da Silva (1988), A Hora e Vez de Augusto Matraga (1986) e A Pedra do Reino (2006), que permanecem on-line para serem visitadas. 

Sobre os Convidados

Ondina Clais iniciou sua carreira como bailarina clássica na década de 80. Em 1990 ingressou no grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho. Dentre as montagens com o diretor no CPT, atuou em Nova Velha Estória, Paraíso Zona Norte, Trono de Sangue - Macbeth e Drácula e Outro Vampiros. Se destacou como a protagonista Geni, de Toda Nudez Será Castigada, que marcou seu retorno ao grupo em 2012.

Graduada em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC- SP, fez parte do corpo docente da Escola e Faculdade de Teatro Célia Helena de 2008 até 2012. Em 2009 começou a trabalhar com Francisco Carlos estabelecendo parceria em diversas montagens, dentre as quais a Tetralogia Jaguar Cibernético e Relatos Efêmeros da França Antártica.

Em 2013, foi uma das protagonistas da montagem brasileira de A dama do mar, dirigida por Robert Wilson, com indicação de melhor atriz coadjuvante Prêmio Revista Aplauso. Em 2015, passa a ser diretora artística da Companhia da Memória ao lado de Ruy Cortez, a dar aulas em oficinas e espaços culturais e ministrar workshops.

No audiovisual fez parte do elenco de Sessão de Terapia, na GNT, O Hipnotizador, A vida secreta dos casais, na HBO, e Coisa mais linda, na Netflix. No cinema trabalhou com Hector Babenco em seu último filme Meu amigo Hindu, e com Selton Mello, em O filme da minha vida.

Marlene Fortuna é pós-doutora em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).

Cursou a EAD e foi atriz do Grupo Macunaíma e do CPT, sob a direção geral de Antunes Filho, com quem atuou nas montagens de Macunaíma; Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno; Nelson 2 Rodrigues; Romeu e Julieta; A hora e vez de Augusto Matraga e Xica da Silva.

Também fez a preparação vocal do elenco de diferentes espetáculos, como Prometeu acorrentado e As Troianas, de Moisés Miastkwoski; O melhor inimigo é o rei, de Rubens Teixeira; Medeia, de Ulisses Cruz; A Falecida, de Gabriel Villela; além das montagens do CPT nas quais atuou.

Desenvolve trabalhos sobre a teoria e a prática da voz profissional, ensinando pessoas de diferentes segmentos e atividades a se expressarem oralmente, além de ser diretora de interpretação de atores de diferentes companhias teatrais em São Paulo, no interior e outros estados. Algumas delas são: Companhia Teatral Voz da Terra, em Minas Gerais, e Companhia Teatral da Sociedade Brasileira de Eubiose, em São e outras sedes.

Leonardo Ventura é formado em Artes Cênicas pela UNICAMP. Integrou a Casa Laboratório para as Artes do Teatro, grupo fundado no Brasil por Cacá Carvalho e pelo diretor italiano Roberto Bacci. Teve formação com os grupos Lume, Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, entre outros artistas. Atuou em espetáculos dirigidos por João das Neves, Georgette Fadel, Marcio Aurélio, Gabriel Villela, Sérgio de Carvalho, entre outros.

De 2011 a 2015 foi ator e professor no CPT - Centro de Pesquisa Teatral do SESC, onde atuou como protagonista nos espetáculos Nossa Cidade, ao qual foi indicado ao prêmio APCA de melhor ator em 2014, e Toda Nudez Será Castigada, dirigidos por Antunes Filho. No CPT também ministrou aulas no curso Introdução ao Método de Ator. Em janeiro de 2020 estreia “Elizabeth Costello”, adaptação e direção do livro homônimo do prêmio Nobel J.M. Coetzee, indicado ao prêmio APCA de melhor espetáculo em 2021. No audiovisual, fez parte do elenco da série “Carcereiros”, da TV Globo, e “O Escolhido”, da Netflix. É idealizador e apresentador do programa Prólogo, TV Democracia, no YouTube.

SERVIÇO

6 de dezembro, segunda-feira

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA - Coleções e Acervos Históricos CPT_SESCFigurinos, materiais gráficos e vídeo da peça na íntegra em coleção digital que apresenta o acervo do espetáculo Toda Nudez Será Castigada, montado em 2012 pelo CPT, com direção de Antunes Filho.

[disponível na plataforma Sesc Digital]

8 de dezembro – quarta-feira, às 19h

CÍRCULO DE DEBATES – MEMÓRIA, ACERVO E PESQUISA: TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA

Com Ondina Clais e Marlene Fortuna

Mediação: Leonardo Ventura

Apresentação: Fabricio Ribeiro

Atividade on-line em youtube.com/cptsesc

Classificação: livre 

Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC     

As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e restauro de 150 trajes cênicos compostos por 470 itens, de 13 espetáculos: A Hora e Vez de Augusto Matraga, Antígona, Foi Carmen, Fragmentos Troianos, Gilgamesh, Medeia, Medeia 2, Nossa Cidade, Toda Nudez Será Castigada, Trono de Sangue, Pedra do Reino, Vereda da Salvação e Xica da Silva. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa, fotos essas que são hoje o fio condutor das Coleções.

Sobre o Sesc Memórias  

Implantado e coordenado pela Gerência de Estudos e Desenvolvimento do Sesc São Paulo, o Sesc Memórias é um programa que, desde 2006, atua na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição, com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais, ações programáticas, relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público, reforçando a memória como um valor a ser cultivado.

Sobre o CPT_SESC    

O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo das décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.   

A programação, disposta em cinco eixos temáticos - Formação de Atores; Criação e Experimentação; Dramaturgia; Cenografia; e Memória, Acervo e Pesquisa - apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC.

Confira a programação completa em www.sescsp.org.br/cpte nas redes sociais:    

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Andrea Oliveira 

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