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Eis o fato: quando homens competem em ligas atléticas femininas, eles privam as mulheres de uma participação que seja segura e justa. Artigo dos médicos Michelle Cretella e Quentin Van Meter, publicado pelo Daily Signal e traduzido para a Gazeta do Povo:
Quando
foi anunciado que Laurel Hubbard, um atleta masculino que se identifica
como feminino, foi selecionado para representar a Nova Zelândia no time
feminino de levantamento de peso nos Jogos Olímpicos em Tóquio, o fato
foi considerado por alguns como uma vitória para o movimento transgênero
e “o poder da inclusão”. Outros consideraram injusto tanto para o
esporte quanto para os atletas.
Anna
Vanbellinghen, uma levantadora de peso feminina da Bélgica, que
esperava se qualificar para o mesmo evento de Hubbard, deixou claro que
ela “apoiava totalmente a comunidade transgênero”. No entanto, destacou
corretamente que os esteroides — que dão aos atletas vantagens injustas —
podem ter retido benefícios mesmo anos após o uso.
“Então
por que ainda se questiona se duas décadas, da puberdade até os 35
anos, com o sistema hormonal de um homem daria também uma vantagem [na
competição contra mulheres]?”, ela perguntou em uma entrevista recente.
O
Comitê Olímpico Internacional decidiu em 2015 que atletas transgêneros
“que fizeram a transição de masculino para feminino são elegíveis para
competir na categoria feminina”, desde que os seus níveis de
testosterona estejam abaixo de certo limite por, pelo menos, 12 meses.
Pelo
menos dois estudos recentes, e revisados por pares, desafiam esta
regra. Um deles, publicado no periódico Sports Medicine, viu que “a
vantagem muscular das mulheres transgênero [homens com estrogênio] é
apenas minimamente reduzida quando a testosterona é suprimida” por 12
meses. Um segundo artigo de revisão destaca que a vantagem masculina de
força permanece mesmo após três anos de supressão da testosterona.
Mas,
mesmo se a vantagem da força pudesse ser eliminada, reduzir a definição
de “ser humano feminino” para tendo certos níveis de testosterona no
seu corpo por um período de tempo completamente ignora a realidade
científica de que a genética — e não a testosterona — está na raiz de
tudo que diferencia os dois sexos.
Quando
homens recebem a permissão para competir em ligas atléticas designadas
para as mulheres, as atletas femininas são privadas da oportunidade de
uma participação nos esportes que seja segura e justa. Conforme
Vanbellinghen disse, “Oportunidades que mudam a vida são perdidas para
alguns atletas — medalhas e qualificações para as Olimpíadas — e nós
estamos impotentes.”
Ela
não está sozinha. Esportes femininos em todos os níveis foram
infiltrados pela ideologia transgênero. Aqui estão apenas alguns
exemplos de como as mulheres foram afetadas quando são forçadas a
competir contra homens:
*No atletismo, o corredor do ensino médio masculino CeCe Telfer ganhou três títulos nos Campeonatos Northeast-10 para mulheres, e recebeu o prêmio de “atleta mais notável”.*No softball, o jogador masculino Pat (Patrick) Cordova-Goff pegou um dos 15 lugares no time feminino principal de softball do ensino médio da Califórnia.*No basquete, um homem de 50 anos, com 2,03 metros e 104 kg Gabrielle (Robert) Ludwig fez o time de basquete feminino da Mission College vencer um campeonato nacional com o maior número de rebotes.*Nas artes marciais mistas, o lutador masculino Fallon Fox quebrou a órbita do olho da lutadora feminina Tamikka Brents e deu a ela uma concussão. Brents disse que ela “nunca se sentiu tão dominada na sua vida”.*Nos campeonatos de atletismo do estado de Connecticut, dois corredores do ensino médio masculinos, Andraya Yearwood e Terry Miller, ficaram em primeiro e segundo lugares em múltiplos eventos, superando as principais meninas do ensino médio de todo o estado. Yearwood foi premiado “atleta do ano” de Connecticut.
A
verdade é que homens superam mulheres em relação à velocidade e à força
devido aos hormônios sexuais e à genética inata. Isso tem sido provado
consistentemente por pesquisas de longo prazo em atletas de elite quando
treinam juntos.
O
hormônio sexual testosterona tem um papel importante na regulação da
massa óssea, da distribuição de gordura, da massa muscular, força e na
produção de células vermelhas que levam a uma maior circulação da
hemoglobina. Isso é especialmente verdade durante a puberdade.
Após
a puberdade, a concentração da testosterona circulante em homens é 15
vezes maior que aquelas em mulheres de qualquer idade. O resultado é uma
clara vantagem masculina no que diz respeito à massa muscular, força e
níveis de hemoglobina circulante mesmo após o ajuste para diferenças
sexuais em altura e peso.
A
genética causa diferenças atléticas. Estudos identificaram mais de três
mil genes que são expressados de forma diferente nos músculos
esqueléticos de homens e mulheres. Óbvias diferenças ósseas geradas por
uma combinação de genética e hormônios existem desde o nascimento; o
homem médio é mais pesado e alto que a mulher média e essa vantagem
continua, quando controlada no estágio da puberdade, por toda a vida.
A
genética explica por que o homem que se identifica como mulher
permanece homem, e dar estrogênio a ele não o transforma em mulher.
Embora seja verdade que o homem usando estrogênio vai perder massa
muscular e impactar outros aspectos de sua fisiologia, não altera a
genética; ele permanece homem no nível celular em todos os sistemas do
corpo.
De
forma similar, uma mulher que se identifica como homem permanece
mulher, e dar a ela testosterona não a transforma em um homem. Em termos
de genética, ela permanece mulher em um nível celular.
Essas
diferenças inerentes ao sexo podem também significar que as mulheres
correm maior risco de sofrer lesões atléticas. Por exemplo, fraturas
devido a estresse nos ossos longos nas pernas de corredores são mais
frequentes entre as mulheres. Atletas masculinos são muito menos
suscetíveis devido aos seus ossos mais largos e densos.
Em
conjunto, essas discrepâncias tornam as mulheres, em média, incapazes
de competir de forma efetiva contra homens em esportes baseados na força
ou resistência.
Ciência e senso comum concordam.
Quando homens têm a permissão de competir em ligas atléticas designadas
para as mulheres, eles privam as meninas e mulheres da oportunidade de
uma participação nos esportes que seja segura e justa.
*Michelle
Cretella é médica e diretora executiva do Colégio Americano de
Pediatras; Quentin Van Meter é médico pediatra endocrinologista e
presidente do Colégio Americano de Pediatras.
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