MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 2 de maio de 2021

Polícia de Paris detém 46 manifestantes em protesto no Dia do Trabalhador

 

POLITICA LIVRE
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Manifestantes com capuzes e vestidos de preto entraram em conflito com a polícia em Paris neste sábado (1º), enquanto milhares de pessoas se juntaram aos tradicionais protestos de Primeiro de Maio ao redor da França para exigir justiça econômica e social e expressar oposição aos planos do governo para alterar benefícios do seguro-desemprego.

A polícia deteve 46 pessoas na capital, onde latas de lixo foram incendiadas e janelas de bancos foram quebradas, o que atrasou a marcha.

Mais de 106 mil pessoas marcharam em toda a França, incluindo 17 mil em Paris, de acordo com o Ministério do Interior.

Os sindicalistas receberam a companhia de membros dos coletes amarelos, que desencadeou uma onda de protestos três anos atrás, e por trabalhadores de setores duramente atingidos pelas restrições da pandemia, como o setor da cultura.

Os manifestantes, a maioria usando máscaras, seguindo as regras contra o coronavírus, carregaram cartazes nos quais se lia “os dividendos, e não os benefícios de desemprego, são a renda dos preguiçosos” e “queremos viver, não sobreviver”.

A Polícia, que posicionou 5.000 agentes em Paris, disse que impediu black blocs de formarem um grupo. Três policiais ficaram feridos na cidade.

“Muito dinheiro está indo para aqueles que já têm muito e menos para quem não tem nada, como está refletido nos planos de reforma do seguro-desemprego que queremos que seja abandonado”, disse Philippe Martínez, chefe do sindicato CGT.

Cerca de 300 comícios foram organizados em cidades como Lyon, Nantes, Lille e Toulouse.

O líder socialista Jean-Luc Melenchon, e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, que planejam desafiar o presidente Emmanuel Macron na eleição presidencial do próximo ano, compareceram aos eventos do primeiro de maio.

“Meu desejo para a classe trabalhadora é que ela possa se livrar do medo de ficar desempregada”, disse Melenchon em uma passeata em Lille, acrescentando que espera retornar à cidade do norte como presidente.

Le Pen, que antes depositou uma coroa de flores em Paris na estátua de Joana d’Arc, o símbolo nacionalista de seu partido, alertou sobre o que chamou de “caos total” se Macron for reeleito.

Macron, o ex-banqueiro de investimentos que conquistou a presidência em 2017 prometendo uma nova maneira de fazer política, viu sua agenda de reformas atolar em lutas com os sindicatos, enquanto a pandemia interrompeu sua planejada reforma do sistema previdenciário.

A França, que tem a oitava maior contagem mundial de mortes por coronavírus, começará a se desfazer de sua terceira restrição à pandemia a partir de segunda-feira (3), após uma queda nas taxas de infecção.

Folha de S. Paulo

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