MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de maio de 2021

Para generais, Pazuello tenta criar ‘realidade paralela’ ao dizer que o ato não foi político

 


Charge do Aroeira (O Dia/RJ)

Gerson Camarotti  (G1 Brasília)  

Generais da ativa e da reserva ouvidos pelo blog demonstraram contrariedade com a defesa apresentada pelo general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, de que a participação dele em ato com o presidente Jair Bolsonaro não era um evento político-partidário. Para eles, Pazuello tenta criar uma “realidade paralela”.

Pazuello é general da ativa. O Regulamento Disciplinar do Exército considera transgressão “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.

TODO MUNDO ASSISTIU – “Ele (Pazuello) tenta criar uma realidade paralela. Todo o Brasil assistiu o que aconteceu no domingo”, disse ao blog um general da reserva.

A grande preocupação no Exército é que o episódio sirva como um mal exemplo de insubordinação, criando um ambiente de politização nos quartéis.

No Comando do Exército há grande desconforto com o comportamento de Pazuello. Nas palavras de outro general da reserva, ele se deixou usar pelo presidente Jair Bolsonaro com o objetivo de enfraquecer a hierarquia.

DEFESA FRACA – Pazuello apresentou nesta quinta-feira (27) ao Exército a defesa no processo disciplinar que apura sua participação no ato com Bolsonaro.

O ex-ministro argumentou que o passeio de moto no Rio de Janeiro, no domingo (23), não era um evento político-partidário, que o país não está em período eleitoral, e que Bolsonaro não é filiado a partido político.

Ainda na defesa, Pazuello disse também ter a convicção de que não infringiu nenhuma norma do Regulamento Disciplinar do Exército.

O Exército abriu um procedimento disciplinar para apurar a conduta de Pazuello um dia depois do ato, e o prazo para apresentação de defesa era de três dias. Agora, caberá ao comando do Exército decidir o que fazer. O prazo é de oito dias.

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