MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 29 de maio de 2021

Convocação de governadores divide CPI da Covid e a maioria quer adiar depoimentos

 


Bate-boca na CPI da covid-19

Charge do J. Bosco (O Liberal)

Julia Chaib e Renato Machado
Folha

A convocação de nove governadores para depor na CPI da Covid provocou atrito no grupo majoritário da comissão do Senado, que agora quer postergar ou no mínimo diluir os depoimentos dos gestores estaduais o máximo possível.

Reservadamente, os senadores avaliam que a oitiva de governadores vai desvirtuar o rumo atual das investigações e tirar o foco do presidente Jair Bolsonaro, beneficiando o mandatário.

MAIORIA É CONTRA – A maioria dos integrantes da CPI é formada por senadores independentes ou de oposição —só 4 dos 11 titulares são governistas. As divergências a respeito da convocação ficaram explícitas nesta quarta-feira (26) em bate-boca durante a reunião em que foram aprovados os requerimentos.

Dos governadores foram convocados Wilson Lima (PSC-AM), Helder Barbalho (MDB-PA), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Mauro Carlesse (PSL-TO), Carlos Moises (PSL-SC), Antonio Oliverio Garcia de Almeida (sem partido-RR), Waldez Góes (PDT-AP), Wellington Dias (PT-PI) e Marcos José Rocha dos Santos (PSL-RO). Também foi chamado o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC).

A CPI da Covid aprovou nesta quarta a convocação novamente do ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) e do atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga, que já haviam prestado depoimento.

OUTROS CONVOCADOS – Em uma derrota para o governo Bolsonaro, ainda foram convocados o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, e o ex-assessor especial Arthur Weintraub —irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

As convocações foram definidas em reunião secreta dos membros da comissão, realizada pouco antes da sessão em que os requerimentos foram apreciados.

Segundo alguns participantes da reunião, a sugestão de convocar governadores foi aceita por unanimidade. No entanto, mais tarde, na hora da votação aberta, alguns senadores apresentaram votos contrários, como o petista Humberto Costa (PE).

No caso específico da convocação de Helder Barbalho, filho do suplente da CPI Jader Barbalho (MDB-PA), houve oposição do relator Renan Calheiros (MDB-AL), de Eduardo Braga (MDB-AM) e de Humberto Costa.

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