MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 17 de abril de 2021

Crise ambiental se aprofunda e o desmatamento em março foi o maior da série histórica

 


O aumento do desmatamento na Amazônia alcançou proporções alarmantes.

Corte de verbas prejudica fiscalização dos agentes do Ibama

Rosana Hessel
Correio Braziliense

Ambientalistas ficaram bastante preocupados com os dados alarmantes divulgados nesta sexta-feira (09/04) pelo sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo eles, os novos números da entidade do governo revelam que a área com alertas de desmatamento para março de 2021 na Amazônia “é a maior da série histórica”.

Conforme os dados coletados pelo Greenpeace junto ao Inpe, pelo menos, 36 mil hectares de floresta foram perdidos, um novo recorde que o país não tem nada a comemorar. Apesar de uma cobertura de nuvens superior, houve um aumento de 12,5% em relação a março de 2020.

PODE PIORAR – “O que já é ruim pode piorar, com o ministro Ricardo Salles trabalhando contra o meio ambiente e o Congresso Nacional trabalhando para legalizar grilagem, flexibilizar o licenciamento ambiental e abrir terras indígenas para mineração, o desmatamento tende a continuar em alta”, destacou Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace, em nota enviada ao Blog.

De acordo com a entidade, é difícil imaginar uma solução para a Amazônia proposta por um governo responsável por um aumento histórico do desmatamento.

As taxas de aumento da destruição da floresta nunca foram observadas desde 2008, e superam as de 9% de crescimento em 2020 comparado ao ano de 2019.

CORTE DE VERBAS – O Greenpece lamentou o fato de que o governo continua reduzindo investimentos na fiscalização na área ambiental e, com isso, “corta recursos para a proteção do meio ambiente, conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021”. Assim a impunidade cresce no campo e na floresta, e “grandes polígonos de desmatamento têm sido cada vez mais observados nas imagens de satélite, com áreas de mil, 3 mil e até 5 mil hectares”.

“Não será um rascunho desconexo de plano (Plano Operativo 2020-2023) para o controle do desmatamento, ou um acordo a portas fechadas com os Estados Unidos que reverterá toda a avalanche de destruição na Amazônia”, frisou o comunicado.

“Voltamos à era dos grandes desmatamentos e em meio a medidas que promovem o desmatamento na Amazônia e premiam os criminosos, o Deter de março é mais um motivo para que o governo Biden não assine um “cheque em branco” com o governo de Bolsonaro”, lamentou Cristiane.


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