A doença é provocada por células do tecido do útero que, ao invés de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal
Foto: Divulgação
Dores ao menstruar e uma cirurgia de cisto levaram ao diagnóstico de endometriose da Engenheira de Produção, Elaine do Nascimento Reis Silva, de 37 anos. "Descobri a endometriose aos 22 anos quando fiz a minha primeira cirurgia de cisto e no laudo foi identificado que eu tinha a doença. Realizei o tratamento com pílula para não menstruar durante 10 anos, mas tive uma crise forte de dor que me levou à emergência e lá fui informada que eu estava fazendo o tratamento errado. Recebi a prescrição correta da medicação, porém já existiam muitos focos de endometriose que me impediam de engravidar”, relata Elaine sobre a descoberta da enfermidade. “Depois de muitas pesquisas na internet cheguei ao Dr. Marcos Travessa que foi o responsável pelo meu tratamento cirúrgico”, conta aliviada.
Entenda a Endometriose
A
doença é provocada por células do tecido do útero que, ao invés de
serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e
caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde multiplicam-se,
causando sangramentos. A endometriose afeta 2 bilhões de mulheres no
mundo, entre as idades de 15 a 49 anos. No Brasil, são 7 milhões de
mulheres portadoras da doença que se apresenta com cólicas intensas no
período menstrual, dificuldade de engravidar, dor no ato sexual e na
região pélvica, sangramento vaginal anormal, cansaço excessivo, dor ao
urinar, dentre diversos outros sintomas que impactam de forma negativa
na qualidade de vida.
Diagnóstico
O exame
ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser
confirmado pelos seguintes exames complementares: ultrassom,
ressonância magnética podendo ser necessário em alguns casos até a
realização da laparoscopia com fins diagnósticos. O diagnóstico
definitivo, porém, depende da realização de biópsia. A endometriose é
uma doença crônica que tende a regredir seus sintomas com a menopausa,
em razão da queda na produção dos hormônios femininos e fim das
menstruações. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que
suspendem a menstruação. Em casos selecionados, o tratamento cirúrgico é
o mais apropriado.
O cirurgião ginecológico, Diretor do
Núcleo de Ginecologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) e
do Centro de Endometriose da Bahia, Dr. Marcos Travessa, informa que a
endometriose acomete de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e de
30 a 40% das causas de infertilidade feminina. "O melhor remédio contra a
doença é descobrir cedo e tomar as devidas precauções, tanto em relação
a fertilidade quanto em relação a qualidade de vida", recomenda o
médico.
Tratamento com cirurgia robótica
Além
da cirurgia convencional (aberta) e laparoscópica, existe um grande
aliado para as mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade, que
é o tratamento através da cirurgia robótica, uma evolução da
videolaparoscopia e um procedimento minimamente invasivo, que
proporciona menos riscos de complicações. Associar a experiência de
profissionais de diferentes áreas aos benefícios da Cirurgia Robótica -
tais como a visão tridimensional ampliada em 10 vezes, melhores
ergonomia e precisão dos movimentos dos cirurgiões, redução dos
sangramentos, menos dor no pós-operatório e menor tempo de retorno da
paciente para casa - aumenta a chance de sucesso do tratamento da
endometriose. Por esta razão, cada vez mais baianas estão optando por
esta modalidade cirúrgica.
"Quando o tratamento cirúrgico é
indicado, a tecnologia robótica se mostra como um grande aliado nas
portadoras da doença. O resultado cirúrgico é bastante eficaz e
dependente da quantidade de doença retirada na cirurgia e, com a visão
tridimensional e aumentada oferecida pelo robô, além de diversos outros
benefícios associados, sentimos que estamos entregando mais aos nossos
pacientes”, informa Dr. Travessa.
Hoje em dia, a engenheira
comemora o resultado positivo da cirurgia robótica realizada por Dr.
Marcos Travessa que viabilizou a realização do seu sonho de ser mãe, sem
precisar recorrer a algum método de inseminação e a combater a doença.
“Sentir meu filho nos braços foi maravilhoso. Deus foi muito generoso
comigo, colocando pessoas abençoadas no meu caminho. Agora estou bem,
sem dores e feliz, podendo ser a mãe de Bryan, de 1 ano e 5 meses”,
celebra Elane.
Endometriose em números:
2 bilhões de mulheres acometidas no mundo (15-49 anos)
7 milhões de mulheres no Brasil
1 em cada 10 mulheres têm endometriose
Em torno de 7 médicos são consultados até o diagnóstico final
38% causas de improdutividade no trabalho
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