A Embratur quer que a Funai desista da demarcação de terra indígena na
Bahia para a construção de um resort no local. A empresa de turismo,
subordinada ao Ministério do Turismo de Jair Bolsonaro, encaminhou um
ofício à Fundação Nacional do Índio (Funai), no qual fala do “interesse
no encerramento” do processo de demarcação de terras do povo Tupinambá,
no Sul da Bahia. Existe a intenção de um grupo português de hotéis na
instalação de dois resorts no local e menciona a necessidade de
“segurança jurídica” para que o investimento seja feito. O caso foi
divulgado inicialmente pelo The Intercept Brasil e o G1 também teve
acesso ao documento. Números da Funai indicam que a terra indígena está
delimitada em uma área de 47,3 mil hectares, alcançando os municípios de
Una, Ilhéus e Buerarema. No local vivem 4,6 mil indígenas. A empresa
portuguesa interessada em construir resort no local se chama Vila Galé.
No site dela, é possível observar o anúncio do projeto, previsto para
2021. O empreendimento é chamado de Vila Galé Costa do Cacau.
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