A equipe econômica elevou para US$ 56,7 bilhões a previsão de
superávit da balança comercial para este ano. Revista a cada três meses,
a estimativa foi divulgada hoje (1º) pelo Ministério da Economia. Até o
mês passado, o governo estimava que a balança comercial – diferença
entre exportações e importações – encerraria o ano em US$ 50,1 bilhões. A
alta no saldo, no entanto, não decorrerá da melhoria das vendas
externas, mas porque as exportações e as importações cairão em relação
às projeções originais. Segundo a Secretaria Especial de Comércio
Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, as
exportações deverão encerrar o ano com queda de 2% em relação ao valor
exportado em 2018. As importações, em contrapartida, deverão cair 1,9%.
Em relação às exportações, o motivo é o desaquecimento do comércio
global e a queda de preços em algumas commodities (bens primários com
cotação internacional). As importações deverão cair por causa da
lentidão na recuperação da economia brasileira. “A expectativa de
comércio internacional brasileiro não é extraordinária não apenas por
causa do quadro geral da economia brasileira, de recuperação lenta, mas
também por causa do panorama global. A economia global terá um
crescimento ainda mais baixo decorrente do enfraquecimento das relações
de comércio internacional. O Brasil, naturalmente, sofre consequências
disso”, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério da
Economia, Lucas Ferraz. A estimativa sobre as importações também foi
afetada porque, no segundo semestre do ano passado, o Brasil importou
US$ 8 bilhões em quatro plataformas de petróleo. Como as importações não
se repetirão neste ano, a base de comparação ficou estimulada.
Excluindo as operações com as plataformas, as compras externas
encerrariam este ano em alta.
Agência Brasil
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