Foto: Estadão
Ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta
segunda-feira (1º), no Palácio do Planalto, com o ministro da Justiça,
Sergio Moro. O encontro, não incluído na agenda presidencial, foi
registrado pelo Ministério da Justiça. Ele foi marcado para discutir a
investigação da Polícia Federal sobre candidaturas de laranjas do PSL,
caso revelado pela Folha de S.Paulo. No fim de semana, em viagem ao
Japão, o presidente disse que se reuniria com o ministro para discutir
sobre a ampliação das investigações sobre todos os partidos que
apresentam indícios de candidaturas de fachada. “Eu quero que amplie
esse processo, que se punam os culpados e se mostre realmente todos
aqueles que receberam recursos enormes e depois tiveram uma votação
diminuta”, disse. A expectativa é de que Bolsonaro também se reúna nesta
segunda-feira com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que
teve três aliados presos em operação da Polícia Federal. A maior parte
do núcleo militar defende que o presidente demita imediatamente o
ministro, evitando que a sua permanência desgaste ainda mais a imagem do
governo. Segundo assessores palacianos, no entanto, Bolsonaro tem
sinalizado em conversas reservadas que não pretende afastar neste
momento Álvaro Antônio. Ele quer aguardar mais um pouco o avanço da
investigação. Desde que o caso das candidaturas laranjas do PSL veio à
tona, Bolsonaro tem dito que aguarda a investigação para tomar alguma
medida. A repercussão do episódio resultou na saída de Gustavo Bebianno
da Secretaria-Geral da Presidência. O então ministro, que comandou o PSL
em 2018, disse na ocasião que as revelações não haviam resultado em uma
crise dele com Bolsonaro, mas acabou sendo desmentido publicamente pelo
vereador Carlos Bolsonaro. O presidente ficou ao lado do filho e
demitiu o ministro. A polícia também investiga esquema de laranjas no
PSL de Pernambuco, estado do presidente nacional da sigla, o deputado
federal Luciano Bivar. A Folha de S.Paulo mostrou em fevereiro que
candidatos com votações pífias receberam ao menos R$ 15 milhões em
dinheiro público dos fundos partidário e eleitoral.
Folhapress
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