O desespero das lideranças e o falecimento de mais uma narrativa do PT
30/01/2019 às 16:26 JORNAL DA CIDADE ONLINE
Depois
de a Polícia Federal responder negativamente ao pedido da defesa de
Lula para que deixasse a prisão temporariamente a fim de comparecer ao
enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, a juíza Carolina
Lebbos, responsável pela execução da pena de Lula, confirmou a negativa
publicada no início da madrugada desta quarta-feira (30). As lideranças
do Partido dos Trabalhadores usaram as redes sociais para protestar
contra a decisão das autoridades.
(A juíza Carolina Lebbos e os irmãos Vavá e Lula)
O
primeiro dos motivos que levaram as autoridades a negar a decisão está
relacionado a questões logísticas. A presença de Lula certamente
exigiria um aparato de segurança maior do que seria possível à Polícia
Federal oferecer. Em relatório enviado à magistrada, o superintendente
da PF no Paraná, delegado Luciano Flores de Lima, apontou a
possibilidade da presença de militância em massa ao local. Em comunicado
anexado nos autos, o secretário de Segurança Pública paulista, João
Camilo Pires dos Santos, havia informado sobre a impossibilidade de
garantir a tranquilidade do evento não só para o ex-presidente, como
também para as demais pessoas que comparecessem no local.
Em
segundo, a Coordenação de Aviação Operacional da PF informou que os
helicópteros que não estão em manutenção estão sendo utilizados para
apoio aos resgates das vítimas de Brumadinho. O PT informou que
disponibilizaria aeronave para o deslocamento de Lula. No entanto, o que
prevaleceu na decisão foi a segurança do ex-presidente.
As
lideranças do PT, com a decisão em definitivo, partiram para as redes
sociais para manifestar o caráter “despótico” da decisão. Na página de Lula houve menção à sua presença no velório de sua mãe, nos tempos do Regime Militar, quando também estava preso: Gleisi Hoffman, atualmente eleita deputada federal e presidente do PT, culpou até Moro pela negativa:
Lindbergh Farias,
ex-senador derrotado nas últimas eleições, também fez menção aos tempos
dos militares, mencionando também texto recente da jornalista Mônica
Bergamo: Maria do Rosário, deputada federal do RS, também usou a sua rede para atribuir a Moro o caráter decisório sobre o impedimento: Na
mesma postagem de Maria do Rosário, alguns dos seus seguidores não
pouparam críticas à parlamentar, lembrando: que Lula, quando presidente,
não foi ao enterro de dois irmãos; que fez do velório da esposa um
comício político; e que parasse de atribui a Moro toda e qualquer
influência sobre as decisões judiciais. Veja: O enterro de Vavá estava marcado para hoje (30), às 13h, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Advogado
(OABRS 83.859). MBA em Business Law (FGV) e Pós-MBA em Negociação
(FGV). Mestre em Direito (Unisinos). Autor dos livros “Manual de Direito
Desportivo” (EDIPRO) e “Bacamarte” (GIOSTRI). Coautor da obra “Ensino
Jurídico no Brasil: 190 anos de história e desafios” (OAB/RS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário