Os protestos na
Venezuela unem todas as classes sociais, defendendo a procuradora-geral
Luisa Ortega, chavista que assumiu posição contra o governo Maduro:
Após três meses de
protestos e 80 mortos, os venezuelanos continuam protestando contra o
governo de Nicolás Maduro e a favor da democracia.
“Os protestos
acontecem de maneira improvisada, sem aviso, para evitar a repressão”,
diz a jornalista Nathalia Watkins que cobre os eventos na Venezuela.
“A gente vê gente
descendo da favela e gente descendo vindo dos bairros mais nobres da
cidade em direção à manifestação”, diz Nathalia.
Segundo ela, muitos
chegam com paus, pedras e escudos, preparados para enfrentar a Guarda
Nacional Bolivariana (GNB) e os colectivos, milícias chavistas armadas
que não usam uniforme e geralmente andam de moto.
Entre os slogans mais comuns estão “Maduro assassino”, “Liberdade!” e outros pedindo uma mudança de governo.
A tensão no país tem
aumentado com a aproximação da data de 30 de julho, dia marcado para
eleições para a Assembleia Constituinte. Maduro está usando essa ideia
de uma constituinte para suprimir de vez a atual assembleia eleita pelo
povo e de maioria opositora. Ele também alterou as regras eleitorais
para conseguir a maioria no novo órgão, mesmo com uma minoria de votos.
Nos protestos
recentes, a repressão costuma acontecer no final da tarde. “É um ritual
que se repete, com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Eles
usam o que podem para dispersar as pessoas”, diz Nathalia.
A imprensa,
geralmente preservada em manifestações em todo o mundo, também tem sido
atacada sem piedade pelas milícias e pelos uniformizados.(Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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