MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Doleiros tinham uma sala em Ipanema para guardar propinas da quadrilha de Cabral


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Charge do Aroeira, reprodução de O Dia
Juliana Castro
O Globo
Os delatores Renato Chebar e Marcelo Chebar contaram à força-tarefa da Lava-Jato no Rio que alugaram uma sala comercial em Ipanema, entre os anos de 2011 e 2014, para guardar dinheiro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Numa mesma época, R$ 7 milhões estavam escondidos no local. Os irmãos Chebar foram fundamentais para a deflagração da Operação Eficiência, na última quinta-feira.
A sala ficava no número 550 da Avenida Visconde de Pirajá. Os delatores contam que fizeram isso para não deixar tantos recursos sob responsabilidade de Jucá, um doleiro do Uruguai. Eles também não remeteram o dinheiro ao exterior, porque foram informados por Carlos Emanuel Miranda, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador de Cabral, que o ex-governador precisaria utilizar os valores com os pagamentos de boletos e entregas de dinheiro.
DELAÇÃO PREMIADA – Os irmãos Chebar procuraram a força-tarefa da Lava-Jato no Rio para fazer delação premiada e contaram sobre o esquema de ocultação do dinheiro do ex-governador no exterior. Eles contaram que chegaram a guardar US$ 80 milhões do ex-governador, US$ 15 milhões do ex-secretário Wilson Carlos e US$ 7 milhões de Carlos Miranda.
Na Operação Eficiência, foram expedidos nove mandados de prisão, sendo um deles contra o empresário Eike Batista, acusado de pagar propina a Cabral. Eike está preso em Bangu 9 porque não tem ensino superior. O ex-governador foi preso na Operação Calicute, em novembro do ano passado.

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