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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Autônomos apostam em venda de cruzes para lucrar no Dia dos Finados


Preços variam entre R$ 25 a R$ 30; vendedores customizam cruzes.
Em Rio Branco, casal limpa túmulos para garantir 'extra' no feriado.

Aline Nascimento Do G1 AC
Vendedores comercializam cruzes no Dia dos Finados (Foto: Aline Nascimento/G1)Vendedores comercializam cruzes no Dia dos Finados (Foto: Aline Nascimento/G1)
Para garantir um extra e lucrar no Dia dos Finados, celebrado nesta segunda-feira (2), autônomos apostam na venda de cruzes no Cemitério Jardim da Saudade, localizado na Estrada Irineu Serra, em Rio Branco. Os preços variam entre R$ 25 a R$ 30.
Com o slogan “Compre uma cruz no cantinho da saudade”, Gilmara Maria, de 25 anos, oferece os produtos para o público que visita seus entes queridos. Enquanto vende, o marido da jovem, Eduardo de Oliveira, de 37 anos, pinta e faz os letreiros nas cruzes.
“A gente faz de tudo, lava, pinta, faz letreiro e coloca a cruz lá no túmulo. Fizemos 20 cruzes para vender. Enquanto ele pinta, eu vendo e ofereço para quem vai passando”, conta.

Concentrado enquanto escreve o nome em uma das 20 cruzes que levou para comercializar, Oliveira conta que vendeu apenas cinco. O autônomo reclama do fraco movimento dentro do local e acredita que a chuva atrapalhou suas vendas. Há mais de três anos Oliveira vai ao cemitério comercializar seu produto.
“Cada uma sai a R$ 30 com o nome, sem o nome é R$ 20. A minha meta era ganhar mil reais, mas o movimento está fraco. O ano passado foi bem melhor, essa hora eu já tinha vendido tudo”, destaca.
Eduardo de Oliveira confeccionou 20 cruzes para vender no Cemitério Jardim da Saudade (Foto: Aline Nascimento/G1)Eduardo de Oliveira confeccionou 20 cruzes para vender no Cemitério Jardim da Saudade (Foto: Aline Nascimento/G1)
O caminhoneiro Carlos Teixeira, de 41 anos, é um dos visitantes que precisaram mudar a cruz do túmulo da mãe. Além da cruz, o caminhoneiro aproveitou para contratar limpeza no local com Gilmara. “Vim pedir para que ela renove a cruz do túmulo da minha mãe, quero que ela limpe também. Minha morreu há 21 anos e meus irmãos relaxaram e deixaram de limpar o túmulo dela”, diz.
Vizinho e concorrente do casal Gilmara e Eduardo, José Aurimar, de 33 anos, trouxe 12 cruzes para vender no local. Com o fraco movimento nas vendas, Aurimar diz que no ano anterior lucrou mais e também acredita que a chuva dificultou as vendas.
“Todo ano eu faço para vender. Trouxe 12 e só vendi sete. Faço letreiro, pinto e coloco no local, não trabalho com limpeza. Isso aqui é só um extra, nos outros dias eu trabalho em construções. É só para tirar o dinheiro da gasolina”, revela.

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