Repito o que
disse no twitter: o Brasil só se livrará da crise com a renúncia de
Dilma, Cunha e Renan Calheiros. Ninguém merece essa gente. Dos poderes,
ao que parece, só resta a Justiça (que geralmente tarda, mas não falha,
sei lá!). Que bosta de país:
Depois de ser ligado a um suposto pagamento de propina
do banco de investimentos BTG Pactual, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), afirmou que "provavelmente" deve adiar o anúncio sobre a
abertura ou não de um processo de impeachment contra a presidente Dilma
Rousseff. Na semana passada, ele estipulou esta segunda-feira como
prazo para se manifestar sobre os sete pedidos de afastamento da petista
ainda pendentes. Cunha relacionou o surgimento de uma anotação que
indica pagamento de 45 milhões de reais em propina a ele e a
peemedebistas aos processos contra Dilma.
"Esse
assunto tem de ficar muito claro para não confundir a minha decisão com
ele. Eu acho até que o fato de ter anunciado que eu ia decidir hoje pode
ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então,
provavelmente, eu não decidirei hoje em função disso", afirmou o
presidente da Câmara. Ele ponderou, no entanto, que a "intenção é
decidir". Pessoas próximas a Cunha falam que o episódio causou irritação
no parlamentar e pode refletir em sua decisão sobre os processos.
O
documento com anotações de propina foi encontrado por agentes da Polícia
Federal na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral
(PT-MS), Diogo Ferreira. As anotações indicam que o BTG Pactual teria
pago 45 milhões de reais a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em
troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos
fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG.
Nesta
segunda-feira, o presidente da Câmara convocou uma coletiva de imprensa
para "reagir com bastante indignação" à documentação encontrada. Cunha
não escondeu a irritação com o episódio, classificado por ele como uma
"armação" e uma "armadilha", e disse que não conhece o assessor Diogo
Ferreira. Ele, no entanto, admitiu conhecer André Esteves, mas ponderou
ter se reunido com diversos outros presidentes de bancos, entre eles
Roberto Setúbal, do Itaú, e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
O
peemedebista apresentou uma série de documentos para tentar sustentar a
tese de que a sua emenda não beneficiaria o banco de André Esteves,
preso na semana passada, na 21ª fase da Operação Lava Jato. Segundo ele,
a emenda apresentada à medida provisória 608, de 2013, prejudicaria os
interesses do banco BTG Pactual, que havia adquirido a massa falida do
Banco Bamerindus, e foi rejeitada pela comissão. Alteração de conteúdo
semelhante, no entanto, foi incorporada à MP pelo relator à época, o
senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
"Não
tenho a menor dúvida de que ocorreu uma armação. O fato é absolutamente
inexistente. A emenda que eu fiz prejudicou esse interesse que estão
falando. Não havia o que comemorar se o que foi aprovado é contrário aos
interesses dos bancos em liquidação", afirmou Eduardo Cunha.
(Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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