MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mercado de trabalho formal corta quase 1 milhão de vagas em 12 meses


FOLHAPRESS


Marcello Casal Jr/ABr
Pesquisa de Emprego e Desemprego indica que mercado de trabalho permanece aquecido

Em um ambiente de recessão econômica e baixa confiança dos empresários, o mercado de trabalho formal brasileiro cortou 986 mil vagas de carteira assinada nos últimos 12 meses até agosto, informou o Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira (25). 
 
Essa é a diferença entre as contratações e demissões de trabalhadores no período, após a divulgação dos dados de agosto. No mês, foram cortadas 86.543 vagas de carteira assinada, o quinto mês consecutivo de cortes de postos de trabalho. 
 
O resultado de agosto foi o pior para o mês desde 1995, quando foram perdidos 117 mil empregos formais. 
 
Em agosto, a indústria de transformação foi a que mais contribuiu para a redução dos empregos formais no país. O setor cortou 48 mil postos somente no mês passado. 
 
Como a maioria dos setores da economia, a indústria sofre com a recessão econômica, com estoques altos e baixa confiança de consumidores. O setor também foi afetado nos últimos anos pela perda de competitividade para produtos estrangeiros. 
 
Por dentro dos números da indústria, 11 dos 12 ramos monitorados ceifaram vagas. Os destaques negativos foram os ramos da indústria têxtil, com 10 mil postos cortados, e mecânica, com fechamento de 8.000 postos. 
 
Motor do emprego nos últimos anos, serviços criaram 5.000 vagas em agosto. Já o comércio cortou 13 mil vagas. Os números dos dois setores, em tese, serão mais favoráveis a partir de setembro, quando começam as contratações para o fim de ano. 
 
"A tendência é que essa contratações sejam, no entanto, bem mais modestas do que no ano passado", disse Fabio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), que prevê fechamento de, pelo menos, 1,1 milhão de empregos formais neste ano. 
 
No acumulado do ano, o emprego formal acumula perda de 573 mil postos de trabalho. 
 
O comércio automotivo e de móveis e eletrodomésticos tem apresentado os piores resultados de emprego, segundo a CNC. Os dois setores são também, naturalmente, os com pior resultado de vendas. 
 
O setor agrícola, que criou vagas no mês anterior, cortou 4.000 empregos formais no mês. Porém, foi o melhor resultado para o mês desde 2004. O maior impacto veio do cultivo de café, principalmente em Minas Gerais. 
 
O emprego formal, com carteira assinada, foi uma das conquistas sociais do mercado de trabalho nos últimos anos. Esse tipo de vaga tem férias, décimo-terceiro, FGTS, seguro-desemprego, ou seja, um colchão de proteção social e trabalhista.

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